Motociclista é atropelada por picape e morre no hospital após omissão de motorista
O caso está gerando uma enorme comoção, pois após a batida o motorista sequer freou ou prestou socorro e seguiu caminho; ainda está foragido.
Wandalla Keline Carvalho de Matos e Adhilla Milena Silva Maia trafegavam em uma motocicleta pela Avenida VP3, próximo Folha 16, na Nova Marabá, quando foram atingidas por trás por uma picape modelo Oroch, de cor branca. Keline, como era chamada por amigos e familiares, pilotava a moto e chegou a ser atendida ainda com vida, mas faleceu no Hospital Municipal de Marabá horas depois. Já Adhilla segue internada, com graves lesões pelo corpo. Este poderia ser mais um acidente como tantos em que o motociclista leva a pior, mas câmeras de segurança flagraram o momento exato da colisão e dão uma noção do sangue frio do condutor da picape, que ainda passou com o veículo por cima de Keline.
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Os vídeos mostram ângulos diferentes do acidente e estão circulando nas redes sociais de Marabá. O caso está gerando uma enorme comoção, pois após a batida o motorista sequer freou ou prestou socorro e seguiu caminho. A violência do impacto foi tanta que a placa da picape ficou para trás, presa nas ferragens da motocicleta. De posse desta informação, a polícia já identificou a proprietária do automóvel.
“Por meio de pesquisa da placa, encontramos um endereço, onde chegamos à dona da picape e ela disse que o veículo estaria em posse do seu marido, que estaria em viagem. Como esse suspeito não se apresentou às autoridades, neste momento, ele é tratado como foragido”, explicou o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso. “As imagens dão uma impressão de que o atropelamento pode não ter sido apenas um acidente, mas isto ainda será apurado no inquérito policial. Até agora, o que está sendo imputado ao motorista é a suspeita de um homicídio culposo, quando não há intenção de matar”, concluiu o delegado.
Embora a polícia esteja sendo cautelosa ao comentar o caso, familiares de Keline refutam a hipótese de acidente não intencional. “Um carro atropela uma moto, batendo por trás, nas imagens a gente não vê as luzes de freio acesas e o carro ainda passa por cima dela. A minha sobrinha teve traumatismo craniano, várias fraturas pelo corpo, como isso pode ser um acidente?”, indaga Janilde Matos, tia de Keline. Já a mãe de Adhilla, descarta que as vítimas conheçam o condutor do carro, mas concorda que as imagens impressionam.
“Minha filha disse no hospital que não conhecia o motorista do carro, que não teve nenhum desentendimento no trânsito antes da batida, mas os vídeos são chocantes. Eu fiquei horrorizada quando vi”, desabafa Ioneide Silva. “A gente pede agilidade da polícia, que a justiça seja feita pela Keline, que era uma menina muito boa, mas também para mostrar que esses crimes de trânsito não podem ficar impunes. Leis de trânsito existem para serem cumpridas e as meninas não estavam erradas. Eu quero que a polícia faça valer a lei”, arrematou. Até a conclusão desta reportagem, a Polícia Civil não divulgou a identidade do suspeito.
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