Morte de mulher em motel de Belém é cercada de mistérios, diz família
Juliana Moraes de Castro saiu de casa no dia 12 deste mês; o corpo dela foi encontrado e removido para o Instituto Médico Legal (IML), no dia 13/04, mas a família só teve conhecimento do caso na última segunda-feira (24)
A morte de Juliana Moraes de Castro, 30 anos, ainda é cercada de mistérios para a família dela. Ela foi enterrada nesta quarta-feira (26), em um cemitério público, no bairro da Marambaia. Moradora de Belém, a autônoma saiu de casa no dia 12 deste mês, informando que iria a Marabá fazer um “bico”, a convite de uma suposta advogada, a qual Juliana teria conhecido pela internet. A família afirma que não tem conhecimento de quem seria essa pessoa, uma vez que Juliana seria bastante reservada.
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A partir daquele dia, a jovem não deu mais notícias aos parentes. Seu corpo foi encontrado um dia depois, na quarta-feira (13/04), sem as vestimentas, no banheiro de um quarto de motel situado na alameda Moça Bonita, bairro do Castanheira, na capital paraense. De acordo com a família da moça, até o momento, as investigações da Polícia Civil apontam para morte de causas naturais. A reportagem entrou em contato com a PC, mas ainda não teve retorno. A reportagem também tenta contato com o Motel Bora Bora, onde o caso ocorreu.
O cadáver foi localizado por uma camareira, que teria chamado pela moça, mas não teve retorno. Após ter sido removido para o Instituto Médico Legal (IML), a família só teve conhecimento do ocorrido na última segunda-feira (24), quando investigadores da Polícia Civil teriam encontrado uma carteirinha de vacinação de Juliana e, com este documento, chegaram até os parentes. Eles foram até o IML para fazer o reconhecimento e liberação do cadáver.
Segundo a família de Juliana, o corpo não apresentava marcas de violência provocada por armas, como tiros ou facadas. No entanto, nos pulsos, ela teria sinais que apontavam para uma possível luta corporal, além de um ferimento no queixo.
“No laudo parcial do IML, que eles dão para agilizar o processo de liberação do corpo, consta edema agudo no pulmão. O corpo estava negro do pescoço para baixo, como se ela tivesse sido asfixiada”, contou o primo de Juliana, Thiago Castro, em conversa com a Redação Integrada de O Liberal, na noite desta quinta-feira (27).
Ainda segundo a família, o laudo parcial obtido no IML aponta que Juliana não teve relações sexuais naquela noite. A família ainda não sabe, com precisão, se a autônoma recebeu ou não alguém no quarto do motel. A família também não sabe dizer se o quarto estava revirado ou intacto. Todos os pertences dela, inclusive o celular, foram encontrados. O aparelho já foi analisado pela família e nele existe mensagem de uma pessoa que teria interesse em encontrar com Juliana na noite daquele dia 12. Os familiares aguardam a polícia realizar diligências para tentar chegar a essa pessoa.
“A gente já conseguiu apurar que ela pediu um carro de aplicativo até o Shopping Castanheira e, de lá, ela foi de táxi para o motel. Ela ligou para a recepção avisando que ia receber uma visita. Depois, ligou novamente, cancelando essa visita”, acrescentou Thiago. Segundo ele, funcionários do motel já prestaram depoimento à Polícia Civil e garantiram que Juliana não recebeu visitas enquanto esteve lá. Enquanto aguarda o desfecho dos trabalhos policiais e de investigação, a família afirma que só quer esclarecer como Juliana morreu.
“Estamos aguardando o laudo final do IML, onde vai constar a causa da morte. A Juliana era muito reservada. Ela não ia sair com estranho. A gente só quer saber. Se ela foi morta, queremos justiça. Se foi de causas naturais, só nos resta aceitar e seguir a vida. Vamos confiar no trabalho das autoridades”, finalizou Thiago Castro, primo da mulher.
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