Menino desaparecido em rio de Marabá caiu após manobra do jet-ski, diz mãe; criança não sabia nadar
Lucas Gabriel Ribeiro de Lima continua desaparecido quatro dias após o acidente, que aconteceu no domingo, 29 de maio
A mãe de Lucas Gabriel Ribeiro de Lima, 6, desaparecido desde o último domingo, 28 de maio, quando caiu de um jet-ski no rio Tocantins, em Marabá, conta que o filho caiu na água após uma manobra do piloto da moto aquática. Ela também diz que o menino não sabia nadar e não tinha autorização para o passeio. No acidente, estavam envolvidos outros dois menores de idade, que foram salvos, e o piloto do jet-ski, Marco Aurélio de Souza, que morreu.
Leiane Ribeiro, a genitora de Lucas Gabriel, explicou em entrevista exclusiva ao O Liberal na manhã desta quinta-feira, 1º de junho, que o acidente aconteceu muito rápido, sem que ela tivesse chance de ter impedido o filho de subir no jet-ski. Ela lembra que Lucas já estava indo e vindo do rio várias vezes naquele dia, acompanhado do pai.
"Nesse dia do ocorrido eu passei o dia todo deitada com meu bebê de três anos e o meu filho de seis anos, que gostava muito de estar na água, ia e vinha com o pai dele, que ia, dava banho e voltava. Por volta das duas e pouco da tarde, o Marco Aurélio, que era amigo do pai dele, saiu para buscar esse jet-ski, mas eu não sabia disso", relembra.
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A mãe de Lucas pontua que era por volta de15h30 quando Marco Aurélio retornou à área da praia do Geladinho, já por via aquática, pilotando o jet-ski. Enquanto isso, ela permaneceu em casa, cuidando do filho menor. Já era por volta das 17h quando Leiane decidiu descer à margem do rio para observar o que estava acontecendo.
"Cheguei no local, ele [Marco Aurélio] já tinha andado com todas as crianças [de jet-ski], só meu filho que não tinha andado com ele. Ele me pediu muito, queria muito, mas eu não queria. Pediram muito pra eu deixar, porque era a única criança que não tinha ido ainda", relata.
Uma das principais razões para a resistência de Leiane era o fato de que Lucas Gabriel não sabia nadar e seria perigoso. No entanto, ela não conseguiu impedir que o menino subisse no jet-ski, conforme detalha:
"Eu estava com uma criança no colo, que estava chorando muito. O Marcos se aproximou na água e as crianças já foram subindo no jet-ski. Todos subiram: o meu filho e mais duas crianças. Quando eu olhei, foi a hora que ele saiu em alta velocidade, fez a manobra, e todas as crianças caíram. Foi uma coisa muito rápida. Não deu tempo de pular na água, não tinha ninguém perto para ajudar. Outras crianças que viram chamaram os pais e eles vieram. Todos se desesperaram", relata.
Leiane detalha que nenhuma das crianças envolvidas no acidente eram parentes de Lucas, mas sim amigos. E que Marco Aurélio era amigo apenas do pai do menino desaparecido. Ela diz que tem acompanhado com aflição as buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros, que chegam hoje ao quarto dia.
"De todas as formas estamos tentando acompanhar. Estamos nas buscas pelas águas também. Ontem foram feitas buscas do local do acidente até sentido Itupiranga já. Mas hoje, que ia chegar uns mergulhadores de Belém, até agora não vieram", afirma no fim da manhã desta quinta.
O Corpo de Bombeiros também já havia informado da chegada de mergulhadores do Grupamento Marítimo Fluvial (GMAF) para intensificar as buscas, mas não foi informado o horário de chegada da equipe. Por volta do meio-dia, o major Glaucio afirmou que os mergulhadores já chegaram em Marabá e estão se preparando para iniciar as incursões no rio a qualquer momento. A redação integrada de O Liberal acompanha o caso.
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