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Matadouro clandestino de suínos é interditado por crime ambiental na Grande Belém

As investigações prosseguem para apurar a extensão das práticas ilegais e possíveis redes de distribuição da carne produzida no local

O Liberal

Um criadouro e matadouro clandestino de suínos foi descoberto e interditado na manhã desta quinta-feira (24), durante a operação “Carne Fraca”, realizada por forças de segurança pública e vigilância sanitária no Pará. A estrutura, que funcionava sem qualquer licença sanitária ou ambiental, mantinha animais em condições precárias e apresentava riscos graves à saúde da população. Duas pessoas foram autuadas e responderão por maus-tratos a animais, poluição ambiental e por crimes contra as relações de consumo.

As investigações prosseguem para apurar a extensão das práticas ilegais e possíveis redes de distribuição da carne produzida no local.

Coordenada pela Delegacia de Proteção Animal (Depa), da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), a ação contou com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), da Vigilância Sanitária e da Polícia Científica. No local, além do abate irregular de suínos, foi identificado o descarte inadequado de resíduos orgânicos, provocando poluição do solo e ameaça de contaminação de fontes hídricas.

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“Durante a operação, nós confirmamos a existência de um criadouro e matadouro irregular de suínos, que opera sem as devidas licenças sanitárias e ambientais. Nós verificamos, também, diversas irregularidades e identificamos dois homens como responsáveis pelo local. Eles foram autuados e responderão por maus-tratos a animais, poluição ambiental e por crimes contra as relações de consumo”, explicou o delegado Leandro Lima, titular da Depa.

A situação encontrada pelas equipes envolvidas apontou ainda a ausência de qualquer controle sobre a procedência dos animais abatidos. Sem registros nos órgãos sanitários, a carne poderia estar sendo comercializada de forma irregular, sem qualquer garantia de qualidade para o consumidor.

“Além da perícia ambiental, o local foi interditado pelos órgãos competentes e os proprietários estão impedidos de dar continuidade às atividades ilegais. Os homens foram conduzidos à delegacia especializada para as medidas cabíveis”, completou o delegado.

Polícia