Mascote do Grupamento Fluvial, Jay-Z terá novos "cãopanheiros" de missões
Cão farejador da Polícia Militar, o pastor belga Malinois teve atuação fundamental na apreensão de mais de uma tonelada de drogas pela equipe da Base Antônio Lemos, na Ilha do Marajó
Famoso por participar de uma operação que resultou na apreensão de mais de uma tonelada de drogas na Ilha do Marajó, em outubro, o cão farejador Jay-Z, da Polícia Militar do Pará, vai ganhar a companhia de outros dois cachorros nascidos na maternidade do Canil e treinados na corporação para o reforço das ações de combate ao tráfico de entorpecentes e outros crimes desenvolvidas pelo Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu) no arquipélago.
Jay-Z é um exemplar da raça Pastor Belga Malinois e atua junto à equipe da Base Fluvial Integrada Antônio Lemos, instalada às margens do rio Tajapuru, em Breves. Assim como ele, Black e Bolt também estão sendo treinados para trabalhar de forma "embarcada", nas missões de busca e farejamento de narcóticos pela região fluvial do estado.
"Todo cão que atua na área de narcóticos precisa apresentar qualidade de caça e busca, pois todo o trabalho que ele realiza está diretamente relacionado a sua natureza", explica o comandante do Batalhão de Ações com Cães (BAC) tenente-coronel, Allan Sullivan. "Além dele [Jay-Z], temos o cão Black, de um ano e meio, nascido em nossa maternidade, e em breve enviaremos mais um dos filhotes da ninhada, cuidada por nós, o Bolt", informa.
Os cães recebem todo um cuidado diário por parte dos policiais e veterinários que atuam no Batalhão de Ações com Cães da PM onde são adestrados e treinados para atuar em missões de fiscalização e combate a narcóticos, e ainda, nos segmentos de detecção de explosivos, buscas e capturas relacionadas à guarda e proteção dos agentes. Alguns animais são designados ainda para participação em ações sociais, como visitas a hospitais e palestras, e recebem um treinamento específico para essas atividades.
"O trabalho do tutor é direcionar o animal por meio de treinamentos específicos, para que ele entenda a missão como uma ‘brincadeira’ de busca, ajustando seu comportamento e, assim, agregando ainda mais força ao batalhão por suas aptidões naturais, aprimoradas ao longo da fase de preparação", complementa o tenente-coronel. Os cães passam por um trabalho de adaptação externa que leva em média 15 dias, com objetivo de simular o ambiente em que vão atuar, especialmente no caso do animal que trabalha com as equipes da Base Fluvial.
"Com os cães que atuam na Base Antônio Lemos, nós fazemos um trabalho de ambientação externa, com o apoio do GFlu, para simular a área de atuação do cão, detectando as dificuldades existentes e ajustando-as a tempo, visando à melhor atuação deles. Esse processo dura, em média, 15 dias de reconhecimento e atuação, para que, ao retornarem, possam ser acompanhados pela nossa equipe médica, de modo a evitar impactos em seu comportamento devido aos longos dias de viagem", explica o militar.
'Jay-Z' é um dos cães farejadores que dá apoio às missões executadas na Base Antônio Lemos, coordenada pelo GFlu, vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). O animal foi doado ao Batalhão quando tinha aproximadamente um ano e, hoje, com três anos e meio, já tem no currículo a apreensão de mais de uma tonelada de drogas somente nas ações da Base Integrada Fluvial, graças ao bom potencial de farejamento de narcóticos.
Para o comandante geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, as ações realizadas no Batalhão de Ações com Cães e a atuação desses animais são fundamentais e de extrema importância para o bom desempenho nas missões da PM. "Desenvolvemos um trabalho intenso e contínuo no BAC, que atua com uma estrutura adequada para o tratamento dos animais, oferecendo todo o suporte, tanto nos cuidados básicos quanto no adestramento e treinamento, para que nossos cães possam alcançar um bom desempenho nas missões policiais, assim como o que vem sendo feito pelo Jay-Z", destacou.
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