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'Maníaco de Marituba' é preso após fazer novas vítimas em São Paulo

Ele ficou conhecido em 2020, quando, então com 17 anos, estuprou e matou pelo menos duas mulheres na Região Metropolitana de Belém. Após cumprir medida socioeducativa, o acusado se mudou para SP

O Liberal
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Um jovem de 22 anos, que ficou conhecido como "Maníaco de Marituba" após cometer uma série de crimes contra mulheres em 2020, entre os quais estupros e mortes, foi detido na manhã desta quarta-feira (30) na cidade de Bady Bassitt, no interior de São Paulo. 

Ele foi detido, mas não pelos crimes cometidos no Pará, pelos quais pagou após o cumprimento de dois anos de medidas socioeducativas. O rapaz, que não teve a identidade revelada pela polícia, estava sendo procurado por abusar sexualmente de duas mulheres em São José do Rio Preto, onde novas denúncias, inclusive de estupro, surgiram nas últimas semanas.

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De acordo com informações da Polícia Civil de São Paulo, a prisão ocorreu após o levantamento de informações que subsidiaram investigações conduzidas pela Delegacia da Mulher de São José do Rio Preto, a partir de denúncias feitas pelas duas vítimas.

Uma das mulheres relatou ter sido abordada pelo suspeito em um site de relacionamentos. No encontro, ele teria convencido a vítima a acompanhá-lo a uma propriedade rural, onde, armado, a ameaçou e levou para uma área de mata onde cometeu o abuso e, em seguida, roubou seu celular. Poucos dias depois, uma segunda mulher procurou a polícia e denunciou ter sido vítima do mesmo suspeito e das mesmas práticas.

As investigações levaram a polícia até um canteiro de obras em Bady Bassitt, onde o suspeito trabalhava como pedreiro em uma construção. Durante a abordagem, ele não ofereceu resistência e confessou os crimes.

Histórico de Crimes no Pará

image Samara e Jennyfer foram estupradas e mortas em Marituba (Reprodução Redes Sociais)

A denominação de "Maníaco de Marituba" foi atribuída ao suspeito em 2020, quando, então com 17 anos, ele foi apreendido sob acusação de ter estuprado e matado pelo duas mulheres, além de cometer uma série de estupros na Região Metropolitana de Belém. Os crimes foram conduzidos de maneira calculada: o suspeito usava perfis falsos nas redes sociais, frequentemente se apresentando com um nome feminino, para atrair mulheres que ofereciam serviços de estética domiciliar.

A primeira vítima foi Samara Duarte Mescouto, que desapareceu após aceitar um serviço com o suspeito, em janeiro de 2020. Seu corpo foi encontrado em um terreno abandonado, após dias de buscas. Jennyfer Karem da Silva Monteiro, de 20 anos, foi a segunda vítima com morte confirmada. A jovem, que foi atraída pelo criminoso da mesma forma que Samara, chegou a ficar internada por 12 dias em estado de coma no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, após ter sido estuprada e espancada. 

Em pelo menos um dos crimes, ele contou com a ajuda de Jederson Menezes Alves, que na época tinha 20 e foi condenado a 30 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão em regime fechado. O adolescente infrator pagou pena socioeducativa de dois anos e se mudou para São Paulo.

A Polícia Civil do Pará relatou à época que pelo menos outras quatro mulheres foram abusadas sob circunstâncias semelhantes. Com o uso de um perfil falso, o Maníaco de Marituba combinava os encontros em locais públicos e, posteriormente, conduzia as vítimas para áreas isoladas. Um dos pontos mais frequentes de encontro era próximo a um posto de gasolina na rodovia BR-316. Ele se aproximava das vítimas com o pretexto de que era marido da cliente que as havia contratado e que teria sido enviado para apanhá-las, usando desse artifício para convencê-las a o acompanharem e, sob ameaça, levá-las até áreas afastadas, geralmente de mata, onde os abusos ocorriam.

A apreensão do jovem em 2020 resultou em sua transferência para a Fundação Casa, onde cumpriu pena de dois anos e sete meses. Após a liberação, ele deixou o Pará e se estabeleceu em São José do Rio Preto, trabalhando como pedreiro em Bady Bassitt. No entanto, a reincidência nos mesmos crimes fez ressurgir o histórico que ele havia deixado para trás. As autoridades paulistas seguem investigando o caso, considerando a possibilidade de que outras vítimas possam surgir.

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