Idoso é enforcado depois de ter a casa roubada em Ananindeua; suspeito foi linchado
Outros dois suspeitos envolvidos no crime, entre eles uma jovem de 18 anos, estão foragidos
Um idoso identificado como Aluísio Dias, 65 anos, foi morto enforcado durante latrocínio registrado na noite do último domingo (4), no bairro de Águas Brancas, em Ananindeua. O homem foi encontrado sem as vestimentas dentro da casa onde morava. Um suspeito foi linchado por moradores da área durante a fuga. Outros dois criminosos, entre eles uma jovem de 18 anos, conseguiram fugir, levando apenas um aparelho celular. O caso está sendo investigado pela Delegacia do Aurá, que integra a Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), da Polícia Civil do Pará.
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Familiares do idoso relataram à polícia que os suspeitos estariam se preparando para retirar do imóvel botijões, televisão e uma mochila com documentos pessoais da vítima. Eles pretendiam transportar o produto do roubo em um carro de aplicativo, mas o motorista teria desconfiado da atitude dos suspeitos e desistiu da viagem. Uma equipe da Polícia Científica do Pará (PCP) foi acionada para remover o corpo do idoso. O laudo com as causas da morte e dinâmica do crime deverá compor o inquérito policial.
A motivação para o ocorrido está sendo apurada, mas, de acordo com informações da polícia, há cerca de um ano o idoso mantinha um relacionamento amoroso com a jovem de 18 anos. Os dois já teriam, inclusive, morado juntos. No domingo, a jovem teria convidado o namorado de sua irmã, um rapaz de 19 anos, para roubar a quantia de R$ 50 mil que o idoso teria em casa.
Ainda de acordo com a polícia, pouco depois do crime o rapaz foi perseguido e espancado por moradores que desconfiaram da movimentação na casa da vítima. Ele ainda chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, mas não resistiu. A jovem e um terceiro suspeito conseguiram fugir e ainda não foram localizados.
A esposa do rapaz morto por linchamento foi ouvida pela polícia e relatou que o marido saiu de casa por volta das 18h do domingo, sem informar para onde iria. Por volta das 20h30, ela foi avisada que moradores do bairro estariam perseguindo seu esposo e que a irmã, acompanhada de outro homem, haviam sido vistos às proximidades da casa do idoso vítima do latrocínio, mas tinham conseguido fugir.
Ainda de acordo com o relato da esposa do suspeito de envolvimento no crime, ela se deslocou até o endereço repassado e lá foi informada que seu companheiro estava refugiado dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da ocupação Carlos Mariguella. Revoltados, os moradores da área invadiram as instalações e o trouxeram para a parte externa da unidade, onde passaram a espancá-lo com chutes e pauladas na cabeça. As agressões só teriam cessado com a chegada de uma viatura da Polícia Militar. Mesmo assim, os agressores fugiram antes que os policiais pudessem alcançá-los.
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