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Justiça manda soltar 'trio 'chique', que aplicava o golpe do falso consórcio em Belém

A soltura de Letícia Lima Pereira Ferreira, Pedro Lucas Santos Monteiro e Raian Gabriel Machado e Silva ocorreu na quarta-feira (28)

O Liberal

​A Justiça do Pará concedeu a liberdade do “trio chique”, suspeito de aplicar o golpe do falso consórcio em Belém. A liberação de Letícia Lima Pereira Ferreira, Pedro Lucas Santos Monteiro e Raian Gabriel Machado e Silva ocorreu na quarta-feira (28). Eles foram presos em flagrante na última segunda (26), no bairro da Cremação, acusados de cometer os crimes de estelionato e associação criminosa.

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image 'Trio chique' é preso após aplicar o golpe do falso consórcio em Belém; entenda o caso
Os suspeitos deverão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa

A prisão do trio foi feita por equipes da Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), por meio da Delegacia Especializada em Investigações da Estelionatos e outras Fraudes (DEOF). Após matéria publicada pela reportagem de O Liberal, familiares de Letícia Lima Pereira Ferreira chegaram a procurar a redação do jornal, alegando que a jovem é inocente e informando sobre a decisão judicial que garantiu à ela responder às acusações em liberdade.

Em nota, a Polícia Civil do Pará não confirma a alegação e reafirma que as três pessoas são investigadas pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Mas informa que “após os procedimentos cabíveis, o flagrante foi comunicado à Justiça e homologado pelo juiz plantonista, que determinou que o trio responderá ao procedimento instaurado em liberdade”.

Além da nota oficial da instituição, a reportagem entrou em contato com o delegado David Bahury, da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes, que também negou a suposta prisão por engano. “Não houve prisão por engano. Ela foi presa, pois estava sendo investigada. O juiz homologou o flagrante e decretou cautelar diversa da prisão, ou seja, responderá em liberdade”, declarou Bahury.

Golpe

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que os suspeitos se passavam por um falso grupo de consórcio e levavam as vítimas ao erro, arrecadando altas quantias de dinheiro. As investigações constataram que as vítimas investiam nos consórcios, mas jamais recebiam os bens desejados.

A partir da denúncia de mais uma vítima, na última segunda-feira, os agentes fizeram diligências e autuaram os três suspeitos em flagrante. A vítima relatou à polícia que teve um prejuízo de R$ 7.700,00.

Denúncias

Mais denúncias contra o trio surgiram nesta quinta-feira (29). As supostas vítimas criaram um grupo em uma rede social para denunciar o golpe. “Eles prometem que você paga um valor e, até o final do mês, vai ser contemplado, porque a empresa vai comprar um imóvel para você e você vai pagando as parcelas. Eles vão nos induzindo ao erro. É uma conversa que te convence a comprar”, relatou uma vítima, cujo prejuízo teria sido de mais de R$ 4 mil.

A reportagem teve acesso a uma conversa entre a vítima e um dos investigados. A mulher pergunta como funciona a venda de uma casa em Icoaraci, disponível em uma plataforma online. Os golpistas respondem que a empresa para a qual trabalham compra a casa à vista, e a vítima paga parceladamente. Além da suposta facilidade que os suspeitos oferecem, também chama atenção a mudança constante no nome das empresas que eles dizem ser funcionários. Segundo a vítima em questão, ​na​ medida​ em​ que as pessoas vão percebendo o golpe, os criminosos mudam o nome do empreendimento.​​

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