Jovem paraense é encontrado morto em porta-malas após perseguição em São Paulo
Ronaldy Lucas Pinheiro da Rosa, de 24 anos, natural de Santa Izabel, foi encontrado amarrado e com sinais de tortura pela Polícia Militar na última quinta-feira (15)
O jovem paraense Ronaldy Lucas Pinheiro da Rosa, de 24 anos, natural do município de Santa Izabel, foi encontrado morto no porta-malas de um carro, na Avenida das Nações Unidas, na Zona Sul de São Paulo (SP), na madrugada da última quinta-feira (15/08). O veículo foi perseguido pela Polícia Militar após verificar atitude suspeita do motorista. A família busca ajuda para trazer o corpo do rapaz para ser velado e enterrado em Santa Izabel, no Pará.
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O jovem Ronaldy Lucas estava com as mãos e pés quebrados e amarrados, com o rosto ferido, um corda no pescoço, baleado e com outros sinais de tortura. A principal suspeita da polícia é que o jovem paraense tenha sido morto pelo tribunal do crime. A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) informou, por meio de nota, que investiga o caso.
Segundo familiares, que moram em Santa Izabel, Ronaldy Lucas trabalhava na construção civil e estava desaparecido desde terça-feira (13/08), quando saiu para assistir o jogo do Corinthians. Familiares do jovem procuravam pelo rapaz. Todos ficaram surpresos e em choque após a descoberta do corpo no porta-malas do carro.
A mãe Maria Cleonice Pinheiro da Rosa, moradora do conjunto Raimundo Cesar Gaspar, informou que o jovem havia passado um tempo em Santa Catarina e mudado para São Paulo em busca de emprego. Na capital paulista, Ronaldy se recuperava de uma doença. Ele começaria em um novo emprego na última quarta-feira (14/08), mas não voltou mais para casa. Ronaldy Lucas da Rosa faria 25 anos neste domingo.
Para a mãe, o filho foi confundido pelos criminosos. "Confundiram o meu filho. Ele tinha uma mania de tirar foto fazendo sinal. Os colegas dele me falaram que ele tirou umas fotos fazendo sinal e os caras viram. Não sei o que falar", declarou consternada.
Familiares de Cleonice, que estão em São Paulo, tentam conseguir a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML), mas encontram dificuldades devido a falta de documentação. Eles enviaram cópia de um documento para os familiares e tentaram e liberação do corpo.
No entanto, em reportagem do programa Brasil Urgente, da TV Band, o jovem foi identificado com um documento que havia emitido em Santa Catarina. "Estão dificultando a liberação por falta de documentação. Se não conseguirmos a liberação vamos ter que procurar um advogado. A gente não tem dinheiro", lamenta a mãe, que espera apenas enterrar o seu filho em solo paraense.
Perseguição
O corpo de Ronaldy foi descoberto após policiais militares de São Paulo, que estavam em patrulhamento, afistarem um condutor trafegando em um veículo de cor preta da marca Honda com atitude suspeita. Os policiais confirmaram que o carro que trafegava pela trafegava pela Zona Sul de São Paulo era produto de roubo. A perseguição começou quando o suspeito não obedeceu a ordem de parada e ainda atirou contra a viatura.
Depois de uma perseguição, o veículo foi interceptado na marginal do Rio Pinheiros, região da Chácara Santo Antônio. O criminoso de 20 anos, que estava com luvas de borracha na mão, bateu o veículo e foi baleado pelos policiais na perna e no braço. Ele foi socorrido e levado para o Hospital do Campo Limpo, onde passou por cirurgia. Logo em seguida, uma equipe da perícia chamada para a ocorrência encontrou o corpo de Ronaldy no porta-malas.
O homem preso já estava sendo procurado, suspeito de ter participado do assassinato de um policial militar no Amazonas. Há dois anos, ele era procurado. O suspeito também já era procurado pela Justiça por roubo. Por meio de nota, a Polícia Civil de São Paulo informou que a ocorrência está em andamento no 11° DP (Santo Amaro).
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