Jornalista é vítima do ‘celular provisório’; amigos fazem 'vaquinha' para recuperar dinheiro
Ela registrou um Boletim de Ocorrência junto à Delegacia Virtual, o caso é investigado como estelionato
Uma jornalista, que não será identificada nesta matéria por motivos de segurança, foi vítima do golpe do “celular provisório” na tarde da última segunda-feira (26), em Ananindeua. A jovem contabilizou um prejuízo de R$ 830,00 que foram transferidos para a conta do suspeito. Ela registrou um Boletim de Ocorrência, por meio da Delegacia Virtual, e o caso é investigado como estelionato. A vítima também entrou em contato com o banco do qual é cliente, mas ainda não obteve nenhum retorno. Diante disso, os amigos da jovem iniciaram uma "vaquinha" virtual e, em menos de 1h, conseguiram arrecadar o dinheiro subtraído pelo fraudador.
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A jornalista conversou com a reportagem de O Liberal, na noite desta terça-feira (27), e contou como foi vítima dessa modalidade de golpe. Ela relatou que estava no meio do expediente de trabalho, em home office, quando o criminoso fez contato com o pai dela, através de um aplicativo de troca de mensagens. “Ele entrou em contato com o papai. Nem usou foto (no perfil). Se passou pelo meu irmão e disse que o visor do celular havia quebrado e, por isso, havia troca de aparelho e precisava de dinheiro para ajeitar”, relembrou a vítima.
“Meu pai veio comigo. Eu estava de home office, super ocupada. Ele (o pai da vítima) me explicou por alto a história e eu apenas fiz a transferência para o CPF que o bandido passou. Na minha cabeça, era a pessoa que ia consertar o celular”, declarou. “Depois ele pediu de novo mais mil reais. Meu pai achou estranho e me deu pra eu ler. Quando eu vi a mensagem também estranhei porque meu irmão chama meu pai pelo nome, e não de pai, por ser enteado dele”, continuou a vítima.
A jovem relatou, ainda, que iria fazer uma nova transferência, quando se deu conta do golpe. “Eu já ia pegar o celular para transferir, quando caiu a ficha de que era um golpe. Liguei para o meu irmão e ele confirmou que não era ele. Tentamos pegar o CPF da pessoa, mas o bandido já havia apagado a mensagem”, contou.
Revolta
A vítima contou também que seu pai é uma pessoa idosa, alvo fácil de criminosos, principalmente nas redes sociais. “É muito fácil o meu pai cair nesses golpes. Ele já tem mais de 60 anos e não sabe dizer não. Ele acredita. Eu sempre fico muito alerta, mas dessa vez vacilei em não ter conferido. Não tive tempo de desconfiar, porque estava ocupada. O que me entristece é saber que o bandido nunca vai ser pego e esse tipo de crime vai continuar impune”, lamentou.
“Mas o que me chateia ainda mais é saber que o banco não fez nada. Disseram que dentro de cinco dias úteis vão me retornar, mas sei que isso não vai acontecer, porque só vão me devolver o dinheiro se ele ainda estiver na conta que recebeu o valor. Eu acho que o ideal era o banco ter feito o extravio imediatamente, no momento em que eu liguei”, disse.
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