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Investigador da PC morre após ser baleado na frente de casa em Nazaré

A vítima chegava para visitar à  família e foi socorrida pelo filho, mas morreu pouco tempo depois em hospital particular

O Liberal

O investigador da Polícia Civil, Bosco Barbosa, de 60 anos, morreu por complicações dos tiros que o atingiram por volta das 20h40, desta segunda-feira (7), quando ele chegava para visitar à família na alameda Lúcio Amaral, na avenida Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré, em Belém. 

A trágica morte do servidor estadual tem ao menos duas versões dadas por vizinhos e até policiais, que não quiseram ser  identificados. A primeira aponta para uma tentativa de assalto. Bosco Barbosa, que era do quadro da ativa da Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), teria reagido. Inclusive, havia pessoas dizendo que ele  brigou fisicamente com um dos assaltantes; outras, que ele teria trocado tiros. Não havia marcas de tiros com evidência na fachada da casa, carros ou outro local da alameda.  

A segunda narrativa sobre o ocorrido era comentada, em grupos de vizinhos e de policiais civis e militares, com grande cautela, Bosco teria sido executado. O único elo comum às versões, até então tidas como especulações, era o fato de os atiradores estarem em um carro HB20, de cor branca e placa Mercosul PZY, visto estacionado na entrada da alameda na esquina com a avenida Gentil.

O filho do investigador, Luid, de 30 anos, parecia perplexo com a morte do pai. "Eu ouvi os tiros e vi meu pai baleado", disse ele, bastante requisitado para dar informações tanto a policiais quanto a familiares, que movimentaram a residência da família na alameda Lúcio Amaral, na noite desta segunda-feira.

Luid foi o primeiro a ver o pai ferido na frente do imóvel. Ele contou que levou Bosco a um hospital particular, mas o pai não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade hospitalar. Não foram informados quantos disparos atingiram o agente da segurança pública civil.

Durante toda a noite, o vai e vem foi incessante de equipes das polícias Civil e Militar, no entanto, os policiais não quiseram falar com a imprensa. Alguns afirmavam que tudo estava sendo investigado.

Logo que recebeu a notícia da morte, a esposa do investigador ficou em choque, e saiu para a frente da casa e gritava sem parar: "ele morreu", "ele morreu", "meu marido morreu". Após, ela pediu para ir ver o marido, mas os familiares vendo seu excessivo nervosismo a mantiveram dentro de casa. 

Segundo a vizinhança, no imóvel, moram Luid com a esposa e um bebê recém-nascido, também, a mãe e a avó de Luid. Os vizinhos disseram que Bosco Barbosa não morava há cerca de um ano no local, mas sempre visitava à família, e nas últimas semanas, isso se intensificou, já que Bosco fazia questão de ver a criança, seu neto.

Algumas casas da alameda têm câmeras de segurança e os moradores estavam dispostos a ceder as imagens para os policiais civis e militares, que de posse da placa do carro suspeito, realizavam diligências determinados a identificarem os responsáveis pelo homicídio de Bosco Barbosa. 

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