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Incêndio na Terra Firme: moradores se atiram em canal para pegar água e conter as chamas

Os moradores se jogaram no Canal Lago Verde, movidos pelo desespero e pela vontade de salvar o que restava das residências vizinhas

Igor Wilson
fonte

Um incêndio que atingiu pelo menos três casas de madeira na tarde deste domingo (18), no bairro da Terra Firme, em Belém, revelou a coragem e solidariedade dos moradores locais. Ao perceberem as chamas, um grupo de mais de 20 pessoas se uniu em uma ação arriscada, pulando no Canal Lago Verde para buscar água e conter as chamas que ameaçavam destruir ainda mais residências.

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image Incêndio atinge três casas no bairro da Terra Firme, em Belém
No momento do incidente, não havia moradores nas residências e não houve feridos, somente perdas materiais

O incêndio começou por volta das 14h, quando Alex Souza, um dos moradores da passagem Comissário, sentiu um forte cheiro de fumaça e percebeu que uma casa de madeira, localizada no final do canal, estava sendo rapidamente consumida pelo fogo. Sem hesitar, ele e outros vizinhos se organizaram e pularam no canal, improvisando uma corrente humana para combater as chamas com baldes cheios de água poluída.

"Foi um trabalho de formiga", descreve Souza. "A gente pegava a água do canal e ia passando de mão em mão, sem parar. O fogo estava muito forte, mas sabíamos que não podíamos esperar os bombeiros chegarem, senão perderíamos mais casas", disse à reportagem do Amazônia.  

O Canal Lago Verde integra a Macrodrenagem da Bacia do Tucunduba, uma área marcada por construções precárias e falta de saneamento básico. Boa parte das casas ao redor do canal é de madeira, e o local sofre com acúmulo de lixo e esgoto a céu aberto. Mesmo assim, os moradores se jogaram na água suja, movidos pelo desespero e pela vontade de salvar o que restava das residências vizinhas. 

image Casa onde fogo começou ficou totalmente destruída. Ao lado, o Canal Lago Verde (Carmem Helena)

"Quando vi as chamas, não pensei duas vezes. Pulamos no canal sem olhar para trás. O cheiro era horrível, estou só cheiro de vala até agora, mas sabíamos que era nossa única chance", conta Alex. 

Após cerca de uma hora de esforços intensos, o grupo conseguiu reduzir significativamente o fogo. Quando as equipes do Corpo de Bombeiros chegaram, o que restava era apenas fumaça e cinzas. 

"Graças a Deus, conseguimos evitar uma tragédia maior. Poderia ter sido muito pior se o fogo tivesse se espalhado", afirma Iranilde Santos, mãe de uma das moradoras das casas atingidas, que não estava em casa no momento do incidente.  

Agora, a comunidade se organiza para pedir auxílio ao poder público. Com as casas parcialmente destruídas, os moradores não sabem para onde irão e esperam que o governo agilize auxílio. 

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