Homem é preso por atacar a filha e agredir a esposa em sacrifício à Al-Qaeda
Descrito pelos vizinhos e familiares como uma pessoa tranquila, o acusado teve um acesso de fúria e por pouco não matou a própria filha
Um homem totalmente descontrolado foi detido na tarde desta terça-feira-feira (4) após tentar esfaquear a própria filha, agredir a mulher e destruir parte de uma parede da casa onde mora com a família a murros. De acordo com vizinhos, o suspeito, identificado como Wosigton da Silva Lopes, de 36 anos, havia chegado do trabalho e estava malhando em uma academia, na parte superior da casa. De repente, ele começou a esmurrar a parede e logo depois partiu para o ataque à filha, que foi defendida pela mãe.
Os vizinhos acionaram a polícia, que chegou minutos depois à Rua A, do Conjunto Canaranas, na Zona Norte de Manaus (AM). Só com a intervenção da guarnição foi possível conter o acesso de fúria do acusado. De acordo com o tenente Leandro Carvalho, da 6ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), ao ver a filha ser atacada, a mãe se pôs diante dela para protegê-la e impedir que o pai fizesse algo pior.
"Ela segurou firme a faca que ele tinha na mão e chegou a ser ferida, mas conseguiu salvar a vida da menina. Já imobilizado, Wosigton falava coisas sem sentido. Disse que estava com medo de ser morto, mas não explicou o motivo. “Vocês têm que acreditar em mim. Represento pastores, represento a Família do Norte, represento o Al-Qaeda. Minha filha é santa, eu sou cristão. Sou filho de Deus. Minha filha é autista, vocês não podem me matar”, disse.
Aos policiais, ele alegou que estava sob efeito de entorpecentes. Já na sede da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o acusado afirmou que teria matar a própria filha e agredir a mulher em sacrifício ao grupo terrorista Al-Qaeda, do qual dizia ser membro.
Vizinhos e conhecidos da família relataram que Wosigton é um homem trabalhador e que nunca havia feito nada parecido. A mãe dele, Cícera da Silva Lopes, também disse ter estranhado o comportamento do filho. “Não é porque ele é meu filho, mas ele sempre foi trabalhador, prestativo, nunca desrespeitou ninguém. A filha dele é autista e ele tá cuidando dela. Meu filho é uma boa pessoa."
A esposa e a filha de Wosigton receberam apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foram encaminhadas a um Pronto-Socorro, onde receberam atendimento médico e foram liberadas para prestar depoimento.
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