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'Hétero Top': Maurício Filho é condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por estupro de vulnerável

O julgamento, que ocorreu sob sigilo, está relacionado ao caso de uma jovem que foi vítima de Maurício em 2018

O Liberal

Maurício César Mendes Rocha Filho, conhecido como “Hétero Top”, foi condenado nesta quinta-feira (13/3) a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável. A Redação Integrada de O Liberal apurou que o julgamento, que ocorreu sob sigilo, está relacionado ao caso de uma jovem que foi vítima de Maurício em 2018. A reportagem tenta contato com a defesa do acusado, que ainda pode recorrer à decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Veja a ficha criminal completa de Maurício Filho!  

Na época, ela relatou à polícia que o réu, que tem uma extensa ficha criminal,  foi até sua casa e, ao entrar, os dois seguiram para o quarto, onde fizeram uso de entorpecentes. Em seguida, Maurício utilizou a força para obrigá-la a fazer sexo oral, puxando sua cabeça e forçando a relação.

Após o ocorrido, a jovem deixou Belém por um período para tratar sua dependência química. Quando retornou à cidade, encontrou Maurício novamente enquanto caminhava pela rua. Ele dirigia um veículo, parou ao lado dela e ofereceu uma carona. Ainda abalada pelo que havia acontecido no passado, a vítima recusou.

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Ao longo do processo, a defesa de Maurício Filho entrou com pedido de liberdade do acusado, alegando que haveria excesso de prazo e que uma das ações penais movida pelo Ministério Público do Pará estaria fundamentada em suposto documento falso

Após esse encontro, o acusado passou a persegui-la nas redes sociais, enviando mensagens e fazendo ligações constantes. Segundo a denúncia, a vítima descreve Maurício como uma pessoa invasiva, que insistia em tocá-la e usava de hostilidade para satisfazer seus desejos sexuais.

Antecedentes de Maurício Filho

Acusado de diversos crimes, Maurício Filho responde a pelo menos 15 processos na Justiça do Pará e já foi condenado a um total de 26 anos e 9 meses de prisão. Entre essas decisões, duas delas foram proferidas no ano passado e estão relacionadas à divulgação de cena pornográfica e estupro de vulnerável.

Outra condenação, que também está ligada a um caso de estupro de vulnerável, aconteceu em agosto de 2021, onde Maurício morava, no bairro do Jurunas, em Belém. A jovem relatou que conheceu o "Hétero Top" em uma festa na cidade e que ele foi bastante incisivo no intuito de encontrá-la novamente. Em um desses encontros, já na casa do rapaz, Maurício abusou sexualmente da vítima.

Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Maurício usou de extrema violência contra a jovem, que teve “esgarçamento da parede vaginal e laceração do períneo”, precisando, por isso, ser submetida a procedimento cirúrgico em um hospital da cidade. No dia 6 de fevereiro do ano passado, a Justiça o condenou a seis anos e seis meses de prisão pelo episódio e ainda negou a ele o direito de responder à pena em liberdade.

Em uma rápida consulta no site do TJPA, é possível verificar que Maurício possui uma vasta ficha criminal. Ele responde a, pelo menos, oito processos que não correm em segredo de justiça, por difamação, injúria, ameaça, violência doméstica, divulgação de cena de estupro, sexo ou pornografia, pedidos de medidas protetivas e indenização por danos materiais, conforme consta no endereço eletrônico. 

Quem é o “Hétero Top”?

Em 6 de novembro de 2022, Maurício Filho foi preso durante a operação “Exposed”, da Polícia Civil do Pará, suspeito de vazar vídeos íntimos da influenciadora digital Luma Bonny. Dois dias depois, Luma se jogou de um prédio localizado no centro de Belém. Em seguida, cerca de outras seis mulheres o denunciaram às autoridades após descobrirem o que ocorreu com a influencer.

Além de criadora de conteúdo, Luma também era atriz e estava no elenco do filme "Atena”. Diversas celebridades e atletas lamentaram a morte da jovem, incluindo o Thiago Fragoso, que participou do longa o qual Luma atuou, e o ex-lutador Antônio Rodrigo Nogueira, o “Minotauro”. 

Para a família de Luma, Maurício é o principal responsável pela morte dela. Os familiares dizem que o rapaz embebedou, drogou, abusou e filmou a influenciadora, que estava desacordada, em seguida publicou o vídeo na própria rede social, em um perfil antigo.

Maurício teria exigido dinheiro da vítima, fazendo chantagem para não enviar o vídeo ao pai dela, o empresário Bony Monteiro. O rapaz não recebeu a quantia que estaria pedindo e, então, vazou a gravação.

Pelo o que aconteceu com Luma Bonny, ele foi condenado a quatro anos de prisão, em regime fechado e sem substituição de pena pelo vazamento de conteúdo íntimo da influenciadora, sem o consentimento dela. Além disso, o Poder Judiciário determinou que Maurício pagasse uma indenização de R$ 100 mil a título de reparação pelos danos morais suportados pela vítima e sua família. 

Atualmente, Maurício está em liberdade temporária desde o último dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, quando foi beneficiado pela saída temporária concedida a presos do regime semiaberto. De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap), ele deve retornar à unidade prisional nesta sexta-feira (14). 

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