Feminicídio: mulher foi morta a facadas num kit net em Ananindeua; companheiro da vítima é suspeito
Um celular e duas facas foram encontrados na cena do crime. O suspeito e a vítima trabalhavam no Ver-o-Peso
Tânia Michele das Graças Sousa Barros, de 46 anos, foi assassinada dentro do kit-net onde morava, na avenida Independência, na manhã desta segunda-feira (21), em Ananindeua. O caso ocorreu perto da avenida Rio Solimões, no bairro do Icuí-Guajará. A Polícia Científica do Pará foi acionada para analisar a cena do crime. Policiais civis e militares iniciaram as diligências em busca do companheiro dela, o principal suspeito do feminicídio.
O crime ocorreu dentro do kit-net onde o casal estava morando há pouco mais de um mês. O imóvel era alugado e estava o nome de Tânia. O corpo foi encontrado pelo proprietário, que é quem registrou a ocorrência na Seccional do Paar, pois nenhum familiar dela foi localizado. No local, foram encontrados uma faca e um celular. A mulher tinha marcas de perfuração. As informações iniciais são de que a vítima e o companheiro, ainda não identificado pela Polícia Civil, trabalhavam como balanceiros no Ver-o-Peso. As brigas do casal eram constantes.
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O sargento Neves, da PM, informou que os policiais tiveram acesso a câmeras de segurança da área e alguns depoimentos. De acordo com as imagens, o casal teria chegado junto à vila de kit-nets, em uma motocicleta, por volta das 4h da madrugada desta segunda-feira (21). Pouco depois, às 5h17, o suspeito saiu sozinho com a moto, modelo Suzuk de cor prata. Algumas unidades de saúde devem ser procuradas para localizar registros do suspeito, já que possivelmente ele e Tânia travaram luta corporal e ele pode estar ferido. Pelos vídeos do monitoramento, ele saiu usando uma blusa azul e uma mochila preta.
O perito da Polícia Científica do Pará (PCP), Ivanildo Rodrigues, após a análise do corpo no local, informou que a cena do crime estava muito desarrumada e havia bastante sangue espalhado pelo kit-net, o que corrobora com a suspeita de que a vítima e o assassino tenham lutado. Ele conta que Tânia Michele das Graças Sousa Barros tinha várias marcas de cortes pelo corpo e que vestígios no imóvel sugerem que o criminoso lavou as mãos antes de fugir da cena do crime:
"A vítima foi infelizmente atingida por nove golpes de faca. Além das lesões de defesa nos braços, que indicam que a vítima tentou se defender, nós percebemos as lesões principalmente na região toraxica, sobretudo no peito. No local, também conseguimos reunir alguns vestígios importantes que podem nos ajudar a descobrir o autor desse crime. Apreendemos duas facas, uma certamente utilizada no crime e nós vamos analisar o material genético para tentar descobrir o autor e também um pano em que o autor do crime tentou se limpar, uma vez que constatamos que ele também lavou as mãos. Temos a suspeita de que ele pode estar ferido, então todos esses materiais passarão por perícia, assim como o cadeado da casa, que tinha marcas de sangue".
Ainda durante a manhã, as polícias civil e militar, em busca do assassino, chegou a ter conhecimento de que um paciente que deu entrada no Hospital Metropolitano ferido a golpes de faca na manhã desta segunda-feira. Inicialmente, ele foi considerado suspeito, porém, ao comparar as imagens dele com as do feminicida, registradas pelas câmeras de segurança do kit-net, a hipótese foi descartada. Até o momento, a Polícia Civil continua as investigações tentando identificar e localizar o suspeito.
A Polícia Civil informou por meio de nota que investiga o caso. A vítima, identificada como Tânia Michele das Graças Souza Barros, sofreu lesões de arma branca e não resistiu aos ferimentos. Equipes da Divisão de Homicídios e Polícia Científica estiveram no local para realização dos primeiros levantamentos e procedimentos necessários. Diligências estão sendo realizadas para localizar o suspeito do crime. Informações que auxiliem nas investigações podem ser repassadas via Disque-Denúncia, número 181. O sigilo é garantido.
Ajude a polícia a solucionar caso
Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.
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