Família de Bruno faz de exame de DNA para reconhecimento de corpo nesta terça-feira (16)
O DNA da família será comparado ao do corpo resgatado em estado de decomposição no Rio Maguari, bairro do Tenoné, em Belém, na última sexta-feira (12)
A família do estudante Bruno Rafael Damasceno de Barros, 29 anos, dado como desaparecido desde o dia 6 de agosto, passará pelo procedimento de exame de DNA, nesta terça-feira (16), com objetivo de identificar se o corpo resgatado em estado de decomposição no Rio Maguari, bairro do Tenoné, em Belém, na última sexta-feira (12), é do jovem. O material coletado deverá ser do irmão e da mãe de Bruno. O resultado do exame poderá sair entre 7 e 15 dias.
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Em meio aos procedimentos burocráticos para esse reconhecimento, familiares de Bruno dizem ter certeza que o corpo encontrado boiando é do estudante. O enterro chegou a ser marcado para a manhã do último sábado (13), no Cemitério Municipal de Marituba José de Arimatéia, mas não pôde ser realizado. “Viemos para o IML para fazer o exame. Antes disso, pedi para ver novamente o corpo de perto e algumas fotos, não tenho dúvidas de que seja o meu irmão”, disse Aldri Cavalcante, irmão de Bruno.
Aldri contou que a demora no procedimento aumenta a dor do luto dos parentes e amigos que querem se despedir do familiar. A demora para o resultado da autópsia também é outro problema. “Nós queremos saber do que exatamente ele morreu. Meu irmão entrou em um terreno particular, não é possível que ninguém o viu, precisamos saber o que o médico legista vai dizer através desse exame”, afirmou. .
Relembre o caso
O estudante de medicina veterinária Bruno Rafael Damasceno de Barros estava desaparecido desde o último sábado (6), após sair de um restaurante, localizado na avenida Marquês de Herval, no bairro da Pedreira. Familiares de Bruno conversaram com o Grupo Liberal para ajudar na localização do jovem. Jennifer Nascimento, prima do estudante, disse que ele saiu do estabelecimento sozinho e teria ido para a avenida Almirante Barroso. De acordo com Jennifer, a última localização do celular acadêmico foi em Ananindeua.
A polícia investigou as imagens onde Bruno apareceu logo depois de desaparecer em Belém. A mãe do estudante contou que a delegada Maria Lúcia, da Polícia Civil, analisou as imagens das câmeras de segurança de um restaurante localizado na avenida Marquês de Herval, onde o filho esteve no dia 7 de agosto.
No dia 11, um corpo, em estado de decomposição, foi avistado preso em folhagens do Rio Maguari, passando o trecho do Parque dos Igarapés. Um vídeo compartilhado pelas redes sociais gravado por um dos tripulantes de uma embarcação de pequeno porte mostra a vítima presa nas árvores do rio de bruços com uma camisa e calça preta.
Além disso, uma das pessoas que encontrou a vítima disse que a maré já tinha levado o corpo no dia seguinte. No início da tarde do dia 13, o corpo foi encontrado perto da Marina Club do Jet, ainda no bairro do Tenoné. Algumas pessoas que estavam trabalhando às margens do rio amarraram o corpo num pedaço de madeira para que a correnteza não o levasse mais uma vez. Uma equipe do Grupamento Marítimo e Fluvial (GMAF) do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) chegou às 14h40 no local para o resgate. O corpo tinha uma perfuração nas costas, mas a polícia não confirmou que o ferimento tenha sido causado por violência ou por alguma circunstância de acidente.
Cerca de 20 minutos se passaram quando Lidiane de Pádua, acompanhada da prima de Bruno, chegou ao local para ver se o corpo era do jovem. Aldri também apareceu na tentativa de saber se era o irmão que estava sumido. A equipe da Polícia Científica do Pará (PCP) mostrou o corpo, que estava em estado avançado de decomposição, e Aldri balançou a cabeça confirmando que seria Bruno.
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