Ex-presidiário é morto a tiros após quase dois meses da soltura no Marajó
A esposa da vítima disse às autoridades que o companheiro recebia ameaças de morte desde que saiu da cadeia, há cerca de dois meses
Miguel da Silva Vieira, de 29 anos, foi assassinado a tiros no fim da noite de quarta-feira (7/8), na rua Doutor Teixeira da Costa, no bairro Riacho Doce, em Breves, no Arquipélago do Marajó. Ele estava em uma motocicleta amarela quando o crime ocorreu e vestia uma camisa de mototáxi. A esposa de Miguel disse às autoridades que o companheiro recebia ameaças de morte desde que saiu da cadeia, há cerca de dois meses. Ainda não se sabe como o crime aconteceu ou se há relação com a vida pregressa de Vieira, mas a Polícia Civil informou nesta quinta (8/8) que trabalha "para identificar e localizar os envolvidos" na morte de Miguel.
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Por volta de 23h15, uma guarnição do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) realizava o patrulhamento no Riacho Doce quando avistou uma grande movimentação de pessoas. Os militares foram até o foco da agitação e encontraram Miguel caído no chão, com ferimentos de arma de fogo, em cima de uma moto Honda CG Fan 125 ES de cor amarela. Com isso, a PM solicitou o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), que constatou a morte do homem.
Depois da chegada dos familiares da vítima, a companheira de Miguel disse à PM que ele estava preso por tentar matar um outro homem em janeiro do ano passado. E, conforme o relato policial, a mulher relatou que o ex-presidiário recebia ameaças de morte desde que saiu do cárcere.
A Polícia Civil também esteve presente no local do crime para começar a investigação do caso. Até o momento, nenhuma pessoa foi presa por suspeita de envolvimento na morte de Miguel. Para a redação integrada de O Liberal, a PC, além de afirmar que está atrás dos envolvidos no crime, comunicou que "testemunhas são ouvidas e perícias foram solicitadas para auxiliar as investigações".
Homicídio qualificado
No dia 12 de janeiro de 2023, por volta das 22h, Jonias Balieiro Costa, conhecido como “Junica”, foi morto a tiros. As autoridades acusaram Miguel da Silva Vieira e Clebson Soares de Almeida por participação no crime. A dupla foi presa e confessou o crime. Conforme consta no processo do caso, Clebson conduzia uma moto e Miguel, que estava na garupa, atirou contra “Junica”.
A polícia, durante a investigação, descobriu que Miguel já tinha ameaçado a vítima de morte. No dia 12 de junho deste ano, a 2ª Vara Cível e Criminal de Breves absolveu Miguel pelo homicídio qualificado de Jonias e concedeu alvará de soltura para ele.
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