Ex-PM é morto a tiros na praça Eduardo Angelim, no bairro da Pedreira, em Belém
Homicídio foi registrado no início da noite desta quarta-feira (6/11)
Um ex policial militar foi executado a tiros na noite desta quarta-feira (6), enquanto fazia um lanche num estabelecimento localizado na praça Eduardo Angelim, no bairro da Pedreira, em Belém. A vítima, identificada como Wescley Silva Sousa, foi expulso da corporação oficialmente em 2020, acusado de associação à organizações criminosas que cometiam uma série crimes na Região Metropolitana de Belém, como execuções, extorsões e sequestros.
O crime aconteceu na praça, próximo ao cruzamento da rua Antônio Everdosa com a travessa Alferes Costa. Wescley Silva Sousa parou no trailer especializado em frituras e pediu uma coxinha e um refrigerante, como fazia habitualmente. No momento em que esperava seu pedido, um homem, que usava um capacete, surgiu correndo atravessando a praça em direção de Wesclei, sacou uma arma e fez pelo menos quatro disparos contra a vítima, que não teve a mínima chance de defesa e morreu no local.
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Ao realizar os disparos, o assassino correu em direção a traseira do trailer, onde um comparsa lhe aguardava numa motocicleta. Os dois fugiram em alta velocidade. Parte da ação foi captada por câmeras de monitoramento das proximidades. No momento do crime, muitas pessoas frequentavam a praça no momento do crime, inclusive duas crianças, que presenciaram de perto toda a execução.
Passado de Crimes
De acordo com informações apuradas pela redação integrada de O Liberal, Wescley era ex-cabo da PM, expulso em 2020. Antes disso, em 2017, o pm foi condenado à pena de sete anos de reclusão por crime de extorsão mediante sequestro num caso envolvendo extorsão a mototaxistas da Terra Firme. Um outro cabo e o comandante da guarnição também foram condenados. Wescley chegou a recorrer da decisão à Procuradoria-Geral do Estado, mas o pedido foi recusado devido a gravidade das condutas infracionais cometidas pelo ex-policial.
No local, muitas pessoas acompanharam o trabalho dos agentes da Perícia Criminal e da Polícia Civil. Como de praxe nesse tipo de crimes, poucas pessoas quiseram comentar sobre o assunto. Um morador, que pediu para não ser identificado, informou que a vítima costumava fazer exercícios físicos nas proximidades e que sempre ia comer uma coxinha ao final do percurso. “O pessoal aqui sempre soube que ele era Pm, tinham medo dele né, diziam que ele era miliciano, não sei”, disse.
A Polícia Civil do Estado do Pará informou que abriu inquérito para investigar a morte de Wescley e que solicitou imagens das câmeras de monitoramento para tentar identificar e capturar os responsáveis pelo crime.
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