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Vídeo: universitária denuncia importunações sexuais em bar no bairro da Cidade Velha, em Belém

Os casos aconteceram enquanto ela comemorava o aniversário no estabelecimento e envolviam um grupo de mais de quatro homens

O Liberal
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Maria Gabriela, 31 anos, estudante de psicologia, utilizou o perfil dela no Instagram para denunciar importunações sexuais que sofreu e testemunhou na madrugada do último sábado (22/3), em um bar da Cidade Velha, em Belém. Os casos aconteceram enquanto ela comemorava o aniversário no estabelecimento e envolviam um grupo de mais de quatro homens. A reportagem tenta contato com o proprietário do bar. 

“Havia uma fila de homens sentados próximos a pista de dança, olhando fixamente as mulheres que dançavam. Os homens estavam passando a mão e encoxando. Foram mais de cinco mulheres passando por importunação sexual” ”, disse ela em entrevista à Redação Integrada de O Liberal.

“Um deles tentou dar em cima de uma mulher que estava alcoolizada. Ela o empurrava para tentar afastá-lo e dizia que não queria que ele se aproximasse, mas esse homem não a ouvia. Foi quando eu intervi”, acrescentou. 

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Incluído no Código Penal em 2018, a importunação sexual é caracterizada pela prática de um ato libidinoso sem a permissão da vítima, com objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro

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Além da distinção de caracterização entre esses dois crimes, há divergência na penalização desses delitos, que violam a dignidade sexual

Maria relata que, em outro momento, estava no bar com duas amigas quando um outro homem chegou até elas. “Falei que era para ele se afastar e ele se afastou. Depois, quando eu estava na pista de dança, esse mesmo cara passou a mão na minha bunda e, inclusive, não parou de ficar encostando nas meninas que estavam lá”, afirmou a estudante. 

Ela contou ainda que procurou o dono do estabelecimento para que ele tomasse uma atitude. Porém, a resposta que recebeu não era a que esperava. “Ele falou que não podia fazer nada. Ainda teve outra situação em que vi um homem perto dos corpos das meninas com a mão no pênis por cima da calça. Eu perguntei a ele o que era aquela mão e foi quando ele me chamou de 'doida' e disse que eu 'precisava de tratamento', e ainda fez um gesto obsceno para mim. O dono do bar estava literalmente do nosso lado e pediu para que eu me afastasse e disse que 'não podia fazer nada'”, detalhou.

“Também tinha um homem que toda hora me parabenizava e ele me abraçou por trás quando eu dançava. Disse que não queria dançar com ele ou abraçá-lo”, relatou. Depois das importunações, Maria Gabriela foi até a Divisão Especializada no Atendimento À Mulher (Deam) e registrou um Boletim de Ocorrência, o qual o Grupo Liberal teve acesso, ainda na madrugada de sábado (22/3). 

Em seu perfil no Instagram, a estudante contou tudo o que viu e passou no bar. “Depois que fiz a minha denúncia, recebi diversos relatos de mulheres que passaram pelas mesmas situações nesse estabelecimento”, concluiu. A Redação solicitou um posicionamento da Polícia Civil sobre o caso e aguarda retorno.  

O crime de importunação sexual, presente no artigo 215-A do Código Penal Brasileiro, consiste em “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. A punição para quem cometer esse delito é de um a cinco anos de reclusão, se o ato não constitui crime mais grave. 

A Polícia Civil informa que o caso foi registrado e é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Belém. As imagens do circuito de monitoramento serão utilizadas na apuração dos fatos.

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