Envolvidos em mortes de policiais militares do Pará são presos no Rio de Janeiro
Jéssica Silva é acusada de latrocínio contra um PM em Ananindeua, em 2018, enquanto Thiago Cardoso teria envolvimento na morte de um outro policial no Jurunas, em 2016
Um dos criminosos mais procurados do Pará, Thiago Cardoso Martins, foi preso em uma ação conjunta de policiais paraense e do Rio de Janeiro na noite da última terça-feira (11), Ele é acusado de envolvimento na morte do policial militar Olênio Pinto Prado, 51 anos, em julho de 2016, no bairro do Jurunas, em Belém, e responde, ainda, por participação em organização criminosa, roubo qualificado e outros homicídios.
Com ele também foram presos o paraense Carlos Alexandre de Oliveira Rua, o carioca Leonardo Ferreira Lemos, conhecido como 'Gordo', e a paraense Daniele Cristina Santos dos Santos, que também se apresentou com o nome falso de Jéssica Moura da Silva. Ela é acusada de latrocínio contra o PM Josias Santos Favacho, em Ananindeua, no ano de 2018. A ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança e teve grande repercussão na Região Metropolitana de Belém. Daniele pilotava a motocicleta que levava o atirador.
As prisões foram realizadas pela 22ª Delegacia de Polícia Civil da Penha e 16º Batalhão de Policiamento Militar do RJ, que trocaram informações com a Polícia Civil do Pará e Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), que confirmou a identidade de Thiago Cardoso. Ele utilizava uma carteira nacional de habilitação com o nome falso de Alex de Nazaré Martins.
Os dados enviados pelas autoridades paraenses permitiram a prisão em flagrante do criminoso, por uso de documento falso, associação criminosa ao tráfico e corrupção ativa, por ter oferecido R$ 50 mil para não ser preso.
"A polícia do Rio suspeitou do deslocamento desse grupo em um carro de placa do Pará, entre as favelas da Rochinha e do Cruzeiro. Foi então que ocorreu a abordagem e eles foram conduzidos para a delegacia, mas por terem apresentado documentos falsos, inicialmente não havia nada contra eles. Nesse momento, a Polícia Civil do Pará fez o levantamento das informações e identificou quem eram e que os documentos eram falsos. Esses criminosos já haviam sido investigados por nós, por envolvimento com outros bandidos e crimes, o que facilitou a identificação", explicou o delegado titular do Grupamento Fluvial, Arthur Braga.
Thiaguinho, como era conhecido, estava foragido desde o dia 11 de junho de 2017 do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará I (CRPPI), localizado no Complexo Penitenciário de Santa Isabel. No Rio, o criminoso estava morando na Vila Cruzeiro.
A Polícia Civil do Rio teve acesso a fotografias dos criminosos ostentando armas de guerra, fuzis e pistolas, e há informações que demonstram que o bando também estava atuando de maneira criminosa na cidade carioca. Há suspeitas de que planejavam um roubo a uma agência bancária.
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