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Entenda a operação que deixou 22 mortos em Vila Cruzeiro, entre eles, paraenses

Operação tinha o objetivo de capturar foragidos da justiça ligados à facção criminosa de abrangência nacional

Camila Guimarães
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Nesta terça-feira (24), uma operação emergencial foi deflagrada para capturar foragidos da justiça ligados ao tráfico de drogas e a uma facção criminosa de abrangência nacional. A operação foi do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com informações de inteligência da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Estado do Pará (PC). O confronto terminou com 22 pessoas mortas, entre elas, paraenses, sendo um deles, Eraldo de Novaes Ribeiro, possível liderança do tráfico de drogas do Pará.

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A operação foi realizada na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio e, segundo informações do Bope-RJ e da PRF, tinha o objetivo de frustrar a intenção da facção criminosa de fortalecer o grupo na favela da Rocinha, zona Sul do município.

Durante a operação, teria havido um intenso confronto, iniciado a partir de um ataque à tropa do Bope, enquanto ela se aproximava da comunidade, segundo informações do porta-voz da PM (RJ), tenente-coronel Ivan Blaz. Ele afirma, ainda, que havia cerca de 60 homens do tráfico no alto da comunidade.

Já o comandante do Bope-RJ, tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira, afirma que a região estava repleta de barricadas. “Tivemos dificuldade de avançar. Empenhamos 80 homens nessa missão. Os criminosos responderam com muita violência e foram neutralizados”, conta.

Após o confronto, os feridos foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Ao menos 22 pessoas acabaram mortas, sendo uma delas moradora da comunidade e uma ainda não identificada. As outras 12 seriam suspeitas de integrar a facção criminosa Comando Vermelho.

Até às 17h40 desta terça-feira, a polícia confirmou 22 mortes: 12 pessoas teriam envolvimento com o crime; uma era moradora da comunidade e foi atingida por uma bala perdida dentro de casa, e outra vítima não identificada deu entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, para onde foram levados os feridos, já em óbito.

Confira a lista dos nomes já identificados entre os mortos na operação:

Gabrielle Ferreira da Cunha, moradora;
André Luiz Filho, o SDQ, suspeito;
Carlos Henrique Pacheco da Silva, suspeito;
Eraldo de Novaes Ribeiro, suspeito, nascido no Pará;
Geovane Ribeiro dos Anjos, o Pinguim ou Do Gelo, suspeito;
Leonardo dos Santos Mendonça, suspeito;
Marcelo da Costa Vieira, suspeito;
Maycon Douglas Alves Ferreira da Silva, o Maiquim, suspeito;
Patrick Andrade da Silva, o PT, suspeito;
Roque de Castro Pinto Junior, suspeito, nascido no Amazonas;
Sebastião Teixeira dos Santos, suspeito;
Um homem, ainda não identificado, suspeito;

De acordo com o tenente-coronel Ivan Blaz, a moradora Gabrielle Ferreira da Cunha foi atingida dentro de casa, em uma comunidade vizinha à Vila Cruzeiro, chamada Chatuba, que não era alvo da operação. “Não havia tropa naquela região. Provavelmente foi atingida por um disparo de uma arma de longo alcance”, afirmou o militar.

Paraense estaria entre a liderança de facção criminosa

Um dos suspeitos mortos na operação foi identificado como o paraense Eraldo de Novaes Ribeiro. Ele já havia sido condenado por um assalto ao Banpará do município de Moju, pertencente à Microrregião de Tomé-Açu, em março de 2016.

As acusações eram de roubo majorado, formação de quadrilha ou bando e registro e/ou porte de arma de fogo. No assalto, os acusados levaram como reféns funcionários do banco, que foram abandonados na estrada. O crime também resultou em tiroteio e mortes.

Ainda não há maiores detalhes da ação de Eraldo dentro da facção criminosa, mas a Polícia Civil do Estado do Pará (PC) chegou a afirmar, em nota, que, entre os mortos na operação em Vila Cruzeiro havia "criminosos do Pará envolvidos em recentes ataques contra a vida de agentes de segurança pública".

A operação na Vila Cruzeiro resultou, ainda, na apreensão de 11 fuzis, quatro pistolas e uma granada, além de outros bens relacionados à delitos, e que a operação segue em curso. A PC reforça que ações de combate ao crime organizado continuarão a ser adotadas para reprimir qualquer ato que atente contra o povo paraense, o Estado do Pará e seus agentes.

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