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Empresário deficiente visual encontra corpo de adolescente desaparecido no Rio Itacaiúnas

Evandro Lima, conhecido como "Cegão", é mergulhador profissional e se voluntariou nas buscas pelo corpo de Pedro Henrique Pereira, de 16 anos

Tay Marquioro
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O trabalho voluntário de um empresário marabaense levou ao paradeiro do corpo do adolescente Pedro Henrique Pereira, de 16 anos, desaparecido desde a última segunda-feira (26), no Rio Itacaiúnas. Evandro Oliveira Lima, além de empreendedor, é mergulhador profissional de grandes profundidades. Acionado por um amigo da família da vítima, ele não hesitou em se dirigir até o local com seus equipamentos.

"Me chamaram na terça-feira (27) pela manhã, mas só por volta das 18h consegui reunir meus equipamentos. Quando cheguei no local, havia outros voluntários e bombeiros civis mergulhando à procura do garoto", contou Evandro, que é conhecido em Marabá pelo apelido "Cegão". O mergulhador lembra que ainda teve o cuidado de pedir o auxílio de um profundo conhecedor da área onde o adolescente submergiu. "É um local com muitas pedras, seria um risco percorrer com um piloto inexperiente".

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O corpo da vítima foi encontrado poucas horas depois. E os registros do momento do resgate do corpo percorreram as redes sociais. "Só foi possível encontrar o rapaz porque a família apontou onde ele havia desaparecido. Isso é fundamental para que eu tenha uma noção da área onde o corpo pode ter ido parar", explica Evandro, que já havia encontrado outro corpo, no último dia 27 de junho, bem em frente à orla do Rio Tocantins, principal ponto turístico da cidade.

Relembre o caso

Pedro Henrique Pereira estava desaparecido desde a última segunda-feira (26), por volta de 14h, nas águas do Balneário da Mocinha, no município de Marabá, no sudeste do Pará. O jovem sumiu após tentar atravessar o Rio Itacaiúnas, enquanto nadava com os amigos.

Fernando Pereira, pai de Pedro, contou que o filho costuma nadar com os amigos depois de sair da oficina mecânica onde trabalhava com o genitor. Colegas do adolescente contaram que ele chegou a reclamar de câimbra e começou a pedir ajuda, se debatendo no meio da travessia. O grupo teria ido até seu encontro para ajudá-lo, mas, na tentativa, e no desespero de se salvar, Pedro agarrava os amigos e os puxava involuntariamente para o fundo.

Os amigos de Pedro também disseram que a situação ficou ainda mais complicada por conta da forte correnteza do rio. Segundo eles, Pedro teria afundado, não retornando mais à superfície. Conforme o depoimento da família, após o ocorrido, os amigos foram até a casa dos pais do jovem e avisaram a mãe, Cintia Oliveira, sobre o que havia acontecido.

O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado, mas, de acordo com a mãe do jovem, só fizeram buscas superficiais. Eles teriam afirmado que não dava para fazer as buscas nas profundezas do rio pela falta de mergulhadores e equipamentos em Marabá, principalmente, porque a profundidade do balneário é estipulada em 15 metros. À época do desaparecimento de Pedro Henrique, a reportagem chegou a questionar o Corpo de Bombeiros Militar sobre a ausência de pessoal e equipamentos especializados na cidade, mas não teve resposta. 

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