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‘Em momento algum houve representação da vítima por medida protetiva’, diz Amepa sobre feminicídio

Associação dos Magistrados do Pará afirma que acusado foi preso em flagrante em abril de 2022 pelo crime de lesão corporal com violência doméstica, mas foi solto em agosto do mesmo ano

O Liberal
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Sobre o caso de feminicídio de Mayara Figueiredo Gonçalves, morta com uma facada nas costas, na madrugada do último domingo (26), no município de Soure, na ilha do Marajó, região do nordeste paraense, a Amepa, Associação do Magistrados do Pará, afirma que não houve representação da vítima por medida protetiva. O suspeito, identificado como Jean Amaro, foi preso nas primeiras horas de segunda-feira (27), no bairro do Tatu, naquela mesma cidade. Segundo a polícia, o crime aconteceu dentro da residência do casal, localizada no bairro Macaxeira.

Inicialmente, foi divulgado que a vítima entrou com pedido de medida protetiva contra Jean, mas teve o pedido negado pelo Poder Judiciário. Contudo, a Amepa esclarece que "em momento algum houve representação da vítima por medida protetiva", sendo inverídica a afirmação.

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Com base no levantamento de informações penitenciárias, a polícia identificou que o assassino possui diversas passagens pelo Sistema Criminal. Inclusive, já havia sido preso, em flagrante, por lesão corporal contra Mayara, o que foi confirmado pela Amepa. “O mesmo acusado foi preso em flagrante no dia 27/04/2022 pelo crime de lesão corporal com violência doméstica nos autos de nº 0800418-86.2022.8.14.0059, convertida em preventiva na audiência de custódia”, detalha a Associação. 

“Posteriormente, após o término da instrução processual, a pedido da defesa e do Ministério Público, em 09/08/22 foi colocado em liberdade provisória mediante cautelares diversas da prisão. Em momento algum houve representação da vítima por medida protetiva. Logo, é completamente inverídica e descabida a afirmação da notícia de que foi indeferida medida protetiva pelo juízo. Em 28 de fevereiro deste ano, o agente teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e audiência de custódia designada para a presente data”, diz o comunicado da Amepa.

Jean foi preso pela polícia na última segunda-feira e conduzido à delegacia para a realização dos procedimentos cabíveis ao flagrante. A polícia não forneceu detalhes sobre o depoimento dele.

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