Dono de oficina revida e mata suposto assaltante em Benevides
O homem apontado como criminoso portava um revólver e um crachá que o identificava como agente de portaria de uma escola municipal de Marituba
O agente de portaria Rafael Cardoso da Cruz foi morto com cinco tiros, na tarde desta segunda-feira (14), após, supostamente, tentar assaltar uma oficina em Benevides, na Região Metropolitana de Belém. Segundo a Polícia Militar, o dono do estabelecimento, que não teve nome divulgado, tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e teria apenas se defendido da ação criminosa atirando contra Rafael.
Militares do 39º Batalhão informaram que o suspeito portava um revólver municiado e se locomovia em uma moto, modelo Honda CG 160 Fan preta, com registro de furto e roubo ocorrido em Ananindeua, no mês passado. Os disparos efetuados pelo dono da oficina, de acordo com o relato das autoridades, atingiram as regiões do peito e da cabeça, chegando a atravessar o capacete que Rafael usava na hora do suposto crime.
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O guarda municipal Marcelo Viana relatou que o suspeito chegou na oficina por volta de 13h40, perguntando por uma pessoa que não trabalhava lá, e depois teria retornado para, então, roubar o estabelecimento. “O meliante (Rafael) chegou aí (na oficina) pedindo informações sobre uma pessoa, a qual não trabalhava na oficina. Assim que recebeu essa informação ele saiu e voltou já anunciando o assalto aos funcionários da oficina. Ele estava de moto”, informou.
Ainda de acordo com o guarda municipal, familiares de Rafael também teriam dito que o suspeito “tinha acabado de largar serviço e foi fazer essa tentativa de assalto”. Por pouco, o proprietário do estabelecimento não foi baleado. A arma do suspeito falhou na hora do disparo. “Ele ainda tentou disparar contra o dono, mas a arma falhou. Numa reação de autodefesa o dono da oficina revidou os tiros e veio a matar o meliante", descreveu o Guarda Municipal. O autor dos disparos foi levado para a delegacia para prestar depoimento”, acrescentou Marcelo.
Imagens da vítima já morta circularam nas redes sociais. Rafael Cardoso vestia uma calça preta, camisa amarela - escondida por um colete vermelho - e um capacete da mesma cor. Ao lado do corpo, próximo à mão direita, estava a arma de fogo de teria sido usada na tentativa de assalto. O crachá de uma escola municipal de Marituba estava preso na camisa, o que ajudou a polícia a identificá-lo.
A Prefeitura de Marituba, por intermédio da Secretaria de Educação (Semed), esclareceu à redação integrada de O Liberal, por meio de nota, que, apesar de portar um crachá da Semed, Rafael "estava desligado da sua função desde o dia 31 de julho deste ano, ou seja, não fazia mais parte do quadro de servidores". E reiterou que "irá abrir uma sindicância para apurar as razões do ex-servidor continuar de posse do crachá funcional".
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Benevides, que seguirá com as diligências para identificar e localizar outros possíveis envolvidos no crime.
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