Defesa de suspeito de colocar droga em avião de igreja evangélica no Pará pede soltura do cliente
"Agora, a gente vai acompanhar o inquérito policial e pedir a revogação da prisão preventiva", afirma o advogado
A defesa de Patrick Santos, 23, preso no sábado (27 de maio), suspeito de participar do carregamento de 290 kg de skunk em um avião da Igreja do Evangelho Quadrangular do Pará, diz que deve solicitar a revogação da prisão preventiva do cliente nos próximos dias. Segundo o advogado, Jonhatan Costa, Patrick é a única pessoa presa no caso até o momento.
A situação veio à tona quando, no último sábado, a Polícia Federal (PF), por meio de informações de inteligência do Núcleo de Polícia Aeroportuária, interceptou uma carga de entorpecente prestes a sair do Aeroporto Internacional de Belém com plano de voo a Petrolina/PE. Na ocasião, apenas uma pessoa foi presa. Mais tarde, foi confirmada a informação de que o avião pertencia à Igreja do Evangelho Quadrangular do Pará, liderada pelo tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o ex-deputado federal e pastor Josué Bengtson.
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O advogado de defesa de Patrick Santos afirma que o cliente desconhecia os proprietários da aeronave e que havia sido contratado por um terceiro apenas para fazer a cotação do voo. No dia da apreensão da Polícia Federal, Patrick teria ido até o hangar de voos particulares do Aeroporto de Belém e apenas realizado os trabalhos para os quais foi contratado.
"Ele veio a Belém para preparar a aeronave. Na quinta ou sexta, ele recebeu a ligação desse cliente dizendo que não seria mais dois passageiros na aeronave, mas que seria uma carga de vacina. Quando o Patrick chegou em Belém, ele preparou a aeronave, abasteceu e achou estranho a questão da carga, mas ele não tinha permissão para mexer", relata o advogado.
A defesa de Patrick questiona o fato de ninguém mais ter sido preso até o momento, uma vez que o carregamento da aeronave não teria sido feito por Patrick. Nem mesmo o piloto responsável pelo voo foi preso. "Acredito também que a Igreja Quadrangular, até agora, nem foi intimada no processo", pondera.
No momento, o caso segue cercado de dúvidas. O advogado Jonhatan Costa diz que, nos próximos dias, deve entrar com um processo para que seu cliente, que segue detido no presídio de Americano, possa ser libertado. "Agora, a gente vai acompanhar o inquérito policial e pedir a revogação da prisão preventiva", afirma.
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