Criança de oito anos é atropelada e morre em Águas Lindas

Uma brincadeira inocente de criança terminou em tragédia no final da manhã desta segunda-feira, 09, no bairro de Águas Lindas, em Belém. A menina de apenas oito anos, morreu ao ser atropelada por um caminhão de entregas na rua onde morava. Testemunhas contam que ela e outras duas amigas estavam brincando de subir na carroceria do veículo - no ato conhecido como “morcegar” - quando ela caiu e acabou sendo esmagada pelo caminhão. 

O acidente foi por volta das 11h40, na rua João Batista, uma estreita viela de chão batido que fica na Comunidade Jardim Nova Vida. Moradores da região disseram que o caminhão de uma empresa de materiais de construções foi fazer uma entrega ali, no meio da viela. Findado o serviço, o veículo pesado seguiu de marcha à ré em direção à Avenida Liberdade, já que a rua é estreita demais para manobrar. Nesse momento, a menina e sua colegas se penduraram na carroceria, mas a menina escorregou e acabou caindo por causa da trepidação do carro ao passar pela rua irregular. No chão, a menina teve a cabeça esmagada pela roda dianteira do caminhão. 

Rapidamente, o 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a Polícia Civil e o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves chegaram ao local, mas ninguém quis dar informações sobre o caso e se mantiveram em silêncio durante os trabalhos de remoção do corpo. O motorista do veículo e o auxiliar que o acompanhava ficaram no local e foram ouvidos, assim como um representante da empresa de materiais de construção.

Os relatos sobre o caso foram dados pelos moradores, que culparam o motorista pela morte da menina, defendendo que ele não poderia ter manobrado de ré por 50 metros sem ser auxiliado por outra pessoa. Os moradores da rua João Batista disseram que, por ser uma área de periferia e sem opções de lazer, é comum que as crianças brinquem na rua, o que exige atenção especial por parte dos condutores.

Familiares da menina que morreu estavam em choque no local, e uma tia da criança que não se identificou chegou a desmaiar no meio de uma crise de choro, exigindo que alguém fosse responsabilizado pela morte de sua sobrinha. A mãe da menina, que está grávida, não estava em casa no momento do atropelamento, pois tinha ido acompanhar seu outro filho, de dois anos, no hospital. O caso é acompanhado pela Polícia Civil.