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Corregedorias vão apurar ação que resultou na morte de extrativistas no Marajó

Polícias sustentam que os trabalhadores entraram em confronto com a equipe e teriam feito o primeiro disparo contra os militares

Valéria Nascimento
fonte

A morte de dois extrativistas no município de São Sebastião da Boa Vista, na ilha do Marajó, causou comoção e revolta na comunidade local. Eles teriam sido mortos durante uma ação de policiais militares na noite da última terça-feira, 14, após terem sido confundidos com bandidos. Uma terceira pessoa ficou ferida e foi levada para o Hospital Regional de Breves, também no Marajó.  

Em nota conjunta enviada à Redação Integrada na noite desta quarta-feira, 15, as Polícias Civil e Militar sustentam que os trabalhadores entraram em confronto com a equipe e teriam feito o primeiro disparo contra os militares. As respectivas corregedorias foram acionadas para apurar a conduta dos policiais envolvidos no caso.

Os extrativistas mortos, pai e filho (de apenas 13 anos), e um terceiro homem estavam em uma embarcação que foi abordada no rio Pracuuba, durante uma operação deflagrada a partir da denúncia de um roubo ocorrido no rio Pracuuba. O barco estava com as luzes apagadas e, segundo a versão dos policiais, não teria obedecido à ordem de parada para as checagens de praxe. O trio teria sido confundido com os criminosos que estavam sendo procurados pela prática de assaltos nos rios da região.

A nota traz a informação de que os três teriam atiraram contra os agentes de segurança. Na troca de tiros, pai e filho morreram, enquanto o terceiro homem foi baleado e encaminhado para o Hospital Regional de Breves. Uma espingarda e munições intactas e deflagradas foram apreendidas no interior da embarcação", diz o comunicado. 

Ainda segundo a nota, um investigador da Polícia Civil se feriu sem gravidade por um estilhaço da embarcação utilizada pelos policiais, que também foi atingida pelos disparos.

O policiamento na cidade de São Sebastião foi reforçado com equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e Superintendência Regional do Marajó Ocidental. As corregedorias de ambas instituições vão apurar a conduta dos policiais envolvidos no caso.

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