Corpo de homem é encontrado em área de mata no Tapanã, em Belém (PA)
Pelos sinais da morte da vítima, a Polícia desconfia de que se trata de um homicídio no perfil do "Tribunal do Crime", em que a vítima é torturada antes de ser assassinada
O corpo de Denis Victor Pinheiro de Macêdo, de 18 anos, foi encontrado por volta das 8h40 desta segunda-feira (23) em uma área de mata às proximidades do conjunto residencial Viver Primavera, no bairro do Tapanã, em Belém. Pelas informações levantadas pela Polícia, trata-se de uma ocorrência com todos os sinais do chamado "Tribunal do Crime", que a vítima sofre torturas antes de ser morta, em função de um endividamento ou ato que tenha contrariado um grupo de criminosos. A mãe dele contou para imprensa que o filho estava desaparecido desde a tarde de domingo (22), depois dele ter saído no meio do culto da igreja.
Até porque o corpo da vítima apresentava diversas escoriações (ferimentos) na região da cabeça, mãos amarradas e com parte do corpo enterrado na área de mata. o 24º Batalhão da Polícia Militar (24º BPM) foi acionado e enviou uma guarnição até o local da ocorrência, passando a guarnecer a área onde se encontrava o corpo. Esses ferimentos na cabeça da vítima podem ter sido feitos com tijolos e telhas.
Uma equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil esteve no local do crime. Os policiais passaram a levantar informações sobre o que teria motivado o homicídio e quem seria o responsável ou responsáveis pela morte de Denis.
A possibilidade de ele ter sido morto pelo "Tribunal do Crime" está relacionada à informação apurada pela Polícia de que Denis era usuário de drogas e possuía histórico de práticas delituosas. A Polícia Civil informou que equipes da unidade integrada do Tapanã apuram o caso e que perícias foram solicitadas para auxiliar nas investigações.
Casos anteriores
Em março deste ano, a Equipe da Redação Integrada de O Liberal divulgou um caso semelhante, em que o corpo de um homem foi encontrado no mesmo local, atrás do residencial Viver Primavera, no bairro do Tapanã. O cadáver, que estava em estado de decomposição, foi identificado como sendo de Max dos Santos Monteiro, de 38 anos, que estava desaparecido há cerca de quatro dias, antes de ser achado na área de mata.
A polícia chegou até a ocorrência por meio de denúncias anônimas e confirmou o achado. O corpo estava próximo a um córrego, área de difícil acesso. A identificação da vítima foi possível após a irmã dele reconhecer uma tatuagem que o homem tinha na mão e também pelas roupas que ele estava usando. Até o momento não há informações se o local seria utilizado para a desova de corpos.
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