Combate à venda ilegal de ouro resulta em prisões e apreensões no Pará e outros 3 estados
Ao todo, na manhã desta terça-feira (10/09), foram cumpridos 46 mandados no território paraense, Amazonas, Roraima e Mato Grosso
O Pará e os estados do Amazonas, Roraima e Mato Grosso foram alvos da operação Bruciato, que combate o financiamento, extração e comercialização ilegal de ouro na região sul do território paraense. Deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (10/09), a ação cumpriu 46 mandados nos quatro estados. Os investigados seriam supostos integrantes de uma organização criminosa que atua no interior e arredores da Terra Indígena Kayapó.
As investigações apontam a participação, além de outros investigados, de servidores públicos e indígenas. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva. Segundo a PF, somente no Pará foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão. Entre as cidades onde ocorreu a ação estão: Redenção; Tucumã/PA; Cumaru do Norte. Já entre os mandados de prisão preventiva, foram deflagrados oito em Redenção, três em Cumaru do Norte/PA (3) e um em Tucumã. Além disso, também foram cumpridos os dois tipos de mandados nas cidades de Boa Vista (RR) e Manaus (AM).
Investigação
A PF deflagrou operação de combate ao financiamento, extração e comercialização ilegal de ouro na região sul do Pará após a identificação da organização criminosa. Os suspeitos teriam ligação com envolvidos nas mesmas atividades ilícitas na terra indígena Yanomami, em Roraima.
Conforme a PF, constatou-se o “esquentamento” de, ao menos, 3,14 toneladas de ouro extraído ilegalmente. Esse crime é realizado por meio de declarações fraudulentas da origem do minério, que fazem o ouro parecer lícito. A Justiça Federal determinou o sequestro e indisponibilidade de até 2,9 bilhões em dinheiro e bens.
Foram apreendidos veículos, motocicletas, joias, ouro in natura e outros bens de elevado valor dos investigados, que ainda estão sendo contabilizados pelas equipes.
Foi determinado ainda o afastamento cautelar de quatro ocupantes de cargos públicos, suspensão de atividade de quatro empresas, suspensão de seis permissões de lavra garimpeira e suspensão de quatro autorizações de posse/porte de armas.
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