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Caso Yasmin: polícia volta a ouvir testemunhas após quase um mês da morte da jovem

De acordo com alguns advogados de defesa de envolvidos no caso, o inquérito policial entrou em sigilo na última sexta-feira (07)

O Liberal
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Às vésperas de completar um mês nesta quarta-feira (12), o caso da morte da influenciadora digital e estudante de medicina veterinária Yasmin Cavaleiro de Macêdo, que tinha 21 anos, pode ganhar novos desdobramentos ao longo desta semana, quando algumas testemunhas voltam a prestar depoimento. Entretanto, a Polícia Civil do Pará e advogados de defesa de alguns envolvidos restringiram as informações, porque o inquérito policial entrou em sigilo na última sexta-feira (07).

A jovem desapareceu nas águas do rio Maguari, em Belém, por volta de 22h30 da noite do dia 12 de dezembro, após participar de um passeio de lancha. Familiares e amigos dela avaliam que entre 13 e 17 pessoas estariam na lancha no momento do acidente.

O corpo foi encontrado às 12h40 de segunda-feira (13), no distrito de Icoaraci, na capital, próximo a uma marina particular. Segundo o Corpo de Bombeiros do Pará, ela foi encontrada por mergulhadores do 1º Grupamento Marítimo Fluvial (1º GMAF), a aproximadamente 11 metros de profundidade.

Durante depoimentos anteriores de passageiros, a polícia descobriu que tiros foram disparados na lancha no dia em que Yasmin desapareceu da embarcação. Ainda em dezembro, a mãe da vítima, Eliene Cristina Fontes, afirmou que há três versões do que teria acontecido, segundo pessoas que estavam na lancha.

Na época, Eliene disse que houve relatos de que Yasmin caiu. Depois, de que estava na escada fazendo xixi e sumiu. Por último, que estava no meio do rio e quando procuraram não a encontraram mais.

Novos depoimentos e sigilo

Procurado pela reportagem nesta segunda-feira (10), o advogado da família da vítima, Luiz Araújo, comentou que essa semana seguirá com testemunhas prestando novos depoimentos.

"A Justiça decretou sigilo do inquérito. Na sexta-feira (07), saiu a decisão decretando sigilo total no inquérito. Agora não posso falar muita coisa. Mas o que posso dizer é que os depoimentos seguem até sexta-feira (14). Hoje [10] de manhã teve gente que depôs. Até sexta acaba e eles vão partir, se Deus quiser, a partir da semana que vem, para a reprodução simulada dos fatos", resumiu.

Uma fonte que pediu sigilo informou ao Grupo Liberal que, na sexta-feira (7), a equipe de policiais que investiga o caso cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do dono da lancha e suspeito no caso, Lucas Magalhães de Souza, em Belém. A polícia teria ido em busca de uma arma de fogo e celulares.

O advogado Paulo Maia, responsável pela defesa de Lucas Magalhães, não comentou sobre a citada busca e apreensão e também reforçou o sigilo do caso. "Infelizmente, como já foi noticiado desde sexta, o inquérito está sob sigilo, então não posso mais dar informações sobre o inquérito. Assim que pudermos, iremos nos manifestar", destacou.

Na manhã desta segunda (10), por volta das 10h, a depoente Amanda Brazão, uma das pessoas que estavam na lancha, foi ouvida pela segunda vez na Divisão de Homicídios. Ela estava acompanhada pelo advogado Breno Lins, que confirmou o novo depoimento. "Por ora, só isso. Nada de novo ou relevante", limitou o advogado.

Polícia Civil

Em nota divulgada no dia 7 de janeiro, a Polícia Civil do Pará informou que continuava investigando o caso e que todos os procedimentos cabíveis estavam sendo executados para solucionar o caso. Na ocasião, informou, ainda, que o inquérito policial instaurado será concluído no prazo legal.

Demandada novamente pela reportagem na tarde desta segunda-feira, a assessoria da Polícia Civil não respondeu sobre a citada busca e apreensão na casa de Lucas nem sobre os novos depoimentos desta semana

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