Caso Yasmin: 'Euler não viu o momento da queda', diz advogado de médico legista à Marinha
Euler Magalhães foi ouvido por três horas na sede da capitania dos Portos, nesta sexta (4). Depoimento foi dado ao lado do advogado dele, o criminalista Marco Pina
O médico legista Euler André Magalhães da Cunha, conhecido como Dr. Léo, disse que não viu o momento em que a influenciadora Yasmin Cavaleiro de Macêdo desapareceu, durante passeio de lancha no Rio Maguari. O corpo da jovem foi encontrado no dia 13 de dezembro do ano passado, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular. Euler prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (4), na condição de testemunha, na sede da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, em Belém.
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"Ele não viu o momento em que a Yasmin desapareceu. Quem deu o alarde foi a Bárbara, amiga dela, que veio da parte da proa da lancha para trás, em direção ao Lucas, o condutor, informando que ela havia sumido e perguntando onde ela estava. A partir daí, foi toda aquela situação de abaixar o volume do som, pegar a lanterna do celular, focar na água, e aí já não se viu mais a Yasmin na embarcação", explicou Marco Antônio Pina, advogado de Euler Magalhães.
Morte de Yasmin ainda é mistério
O médico chegou à sede da Capitania dos Portos por volta das 9h30 e às 12h30 deixou o local. Ele preferiu não falar com a imprensa. Esta foi a primeira vez que Euler depôs à Marinha do Brasil. O advogado dele também disse que Yasmin ficou a maior parte do passeio na proa — parte frontal — da lancha. "Ela passou quase a totalidade do tempo na proa com um grupo de amigas, e o Dr. Euler e outras pessoas ficaram na parte de trás da lancha. Pouquíssimas vezes ela transitou na popa da embarcação", pontuou Marco Antônio Pina.
Durante o depoimento, Euler Magalhães reafirmou que estava armado e que atirou durante o passeio de lancha. "O Dr. Euler ratificou as informações já prestadas na Polícia Civil e adicionou algumas outras respostas que foram perguntadas aqui. Ele assumiu novamente que estava com uma arma de fogo, assumiu que outra pessoa estava com arma de fogo e assumiu, também, que atirou, assim como também disse que outras duas pessoas atiraram. Ele também disse que não percebeu ninguém se jogar na água por conta dos disparos", disse Pina.
Ainda de acordo com Marco Antônio Pina, Euler Magalhães não tinha nenhum tipo de relacionamento ou amizade com Yasmin, e teria a conhecido pessoalmente apenas um dia antes do passeio de lancha. "Nunca tiveram qualquer tipo de relacionamento, amizade, nada. Ele não tinha sequer o Whatsapp dela. Até por isso, entregou de maneira espontânea o celular dele, com senha, para a Polícia Civil, para que se confirmasse isso. Ele só conhecia ela de vista, e conheceu pessoalmente um dia antes do passeio, por causa da vitória do Remo, quando foram com amigos para a Doca e lá eles se encontraram e ele viu a Yasmin", concluiu o criminalista.
Relembre o caso
Yasmin Cavaleiro de Macêdo desapareceu na noite do dia 12 de dezembro, durante um passeio de barco pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 15 pessoas. A jovem teria sumido por volta de 22h30, em circunstâncias que ainda não foram alinhadas em virtude da divergência de informações prestadas pelas testemunhas convocadas a depor. A mãe da influencer, Eliene Cristina Fontes, declarou que há, pelo menos, três versões do que teria acontecido naquela noite, segundo pessoas que estavam na lancha.
O corpo da estudante foi encontrado às 12h40 de segunda-feira, dia 13 de dezembro, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular, a aproximadamente 11 metros de profundidade. A mãe da influencer declarou ter havido relatos de que Yasmin teria caído. Outro depoimento mencionou que a vítima teria usado a escada da embarcação para urinar e acabou sumindo. Uma terceira versão dá conta de que ela teria mergulhado no rio e desparecido. Durante depoimentos recentes prestados por passageiros, a polícia descobriu que tiros foram disparados na embarcação.
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