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Caso Sara: suspeito relata à PC que conhecia a menina e que a matou asfixiada

Cleilton de Oliveira Gomes passou os últimos 10 dias no “Bar da Morena”, que fica próximo de onde Sara morava, no Ramal do Cupiúba, onde teve contato com os moradores da área, inclusive dos vizinhos de Sara e a família dela

O Liberal
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Além da confissão da prática de estupro de vulnerável, Cleilton de Oliveira Gomes, de 26 anos, relatou à polícia que conhecia Sara Raabe Silva do Nascimento, 5. O corpo da criança foi encontrado no domingo (22/9), no Ramal do Cupiúba, após ele ter sido preso. 

O delegado Fhilipe Barreto, titular da Delegacia de Homicídios de Altamira e que é responsável pela investigação do caso, conversou exclusivamente com a Redação Integrada de O Liberal. Segundo ele, Cleiton passou os últimos 10 dias no “Bar da Morena”, que fica próximo de onde Sara morava, no Ramal do Cupiúba, onde teve contato com os moradores da área, inclusive dos vizinhos de Sara e a família dela. 

“O bar pertence a vizinha da mãe da Sara e que cuidava da criança antes dela desaparecer. Com esse tempo que ele passou no bar acabou sendo conhecido pelas pessoas da área. Ele ganhou a confiança dos moradores, dava pipoca para as crianças e pagava almoço para outras pessoas. Dois dias antes ele tinha dormido na casa da vizinha de Sara. No dia do crime ele chegou a ir até a casa da Sara, mas os moradores o expulsaram, afirmando que era para ele procurar outro lugar para dormir”, contou.

Perto desse estabelecimento existe um igarapé, a cerca de 300 metros de distância. Foi nesse local que Cleilton sequestrou Sara no dia 18 deste mês, data da morte dela, enquanto brincava com outras crianças, de acordo com o delegado.

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“A mãe da Sara estava trabalhando e quem cuidava dela naquele momento era a dona do bar, vizinha da criança. Ele (suspeito) nos disse que chamou a criança para ir no mato, num momento de desatenção das outras pessoas, e depois andou com ela no colo por quase uma hora em uma área de igapó (trecho de floresta invadido por enchentes). Depois ele confessou que estuprou a Sara e a matou asfixiada enquanto ela pedia por ajuda”, detalhou Barreto.

A ligação de Cleilton com o sequestro de Sara veio pelo depoimento do irmão de Sara, que estava no mesmo local onde a criança sumiu. “Através de um escuta especializado, ele (irmão da Sara) nos disse que tinha visto Cleilton indo para o mato com a irmã e que achava que os dois tinham ido pegar minhoca”, afirmou.A caçada pelo suspeito e as buscas por Sara começaram ainda no mesmo dia em que tudo aconteceu.

A captura

Rebeca Mendes, secretária de Segurança Pública de Altamira, contou à reportagem como aconteceu a atuação da Guarda Municipal no caso, que foi a primeira equipe a localizar e deter o suspeito. “O suspeito foi visto bebendo em um bar, e uma moça que estava lá denunciou a localização dele. A Guarda Municipal fazia rondas no bairro Viena, e foi até o local, onde aconteceu a captura até a chegada da PM”, comentou.

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Ainda conforme o delegado Fhilipe, Cleilton disse à polícia que, “passou três dias em uma floresta, que fica entre o bairro Viena e o Ramal do Cupiúba. Quando ele saiu da floresta, no domingo (22), a casa de um amigo, mas ele não estava lá. Então furtou as roupas de um varal e colocou dentro de uma sacola. Depois disso os moradores o reconheceram e conseguimos prendê-lo”. Assim que capturado, o suspeito levou as forças de segurança até a localização do corpo de Sara.

“Ele assegurou que tinha a intenção de fugir para a Gleba Assurini e que fez tudo sozinho, sem ajuda de qualquer outra pessoa. O Cleilton contou que tinha bebido no dia do crime, mas que estava consciente do que estava fazendo. Ele relata que sentiu o desejo e fez. Se não fosse a Sara, teria sido outra criança que estava no igarapé”, acrescentou o delegado.

Para complementar as investigações, a Polícia Civil requisitou duas perícias, uma sexológica e outra de necropsia. Cleilton de Oliveira Gomes segue preso e aguarda a audiência de custódia. Ele deve responder por três crimes: homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável.

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