Caso Édrica Moreira: Acusado é submetido a exame de sanidade mental e julgamento é suspenso
O pedido foi feito, por volta das 18h, pelo promotor de justiça, bem como pela defesa do acusado, e deferido pela juíza do caso
O julgamento do ex-militar Edisandro de Jesus da Costa, de 33 anos, acusado de matar a jovem Édrica Moreira Lopes da Silva e balear a amiga dela, foi suspenso na tarde desta segunda-feira (22), em Belém. De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), a suspensão ocorreu após Edisandro apresentar várias versões fantasiosas, sendo necessário submetê-lo a exame de sanidade mental.
O pedido foi feito, por volta das 18h, pelo promotor de justiça, bem como pela defesa do acusado, e deferido pela juíza do caso. O laudo do exame deverá ser emitido pela Polícia Científica do Pará (PCP) e, somente então, um novo julgamento poderá ser marcado, o que ainda não tem previsão para ocorrer.
Conforme informações do TJPA, a defesa do ex-militar considera que desde a fase da audiência de instrução, havia necessidade de exame mental. Esse pedido, porém, havia sido negado pela Vara de Violência Doméstica. O TJPA explicou que, para o advogado de defesa de Edisandro, caso o réu seja considerado inimputável, será aplicada medida de segurança. Caso a perícia considere o réu semi-imputável ou em condições mentais dentro da normalidade, deverá ser submetido a novo júri.
Edisandro de Jesus começou a ser ouvido por volta das 15h30. Ele negou que tenha cometido o crime contra Édrica e a amiga dela. Em sua versão, o ex-militar alegou que conheceu Édria em 2020 pelas redes sociais. Segundo ele, os dois chegaram a se encontrar algumas vezes e que a moça tinha outro relacionamento com um rapaz. Edisandro relatou que, após alguns encontros amorosos, ele e Édrica se tornaram apenas amigos.
Durante o julgamento, o promotor de justiça do caso leu a confissão que o réu fez, após ser apresentado pelo Exército Brasileiro à Polícia Civil.
Relembre o caso
A jovem Édrica Moreira, de 19 anos, morreu na manhã de segunda-feira, 15 de novembro de 2021, não resistindo aos ferimentos após ser baleada na noite de quinta-feira, dia 11 do mesmo mês e ano, em uma rua do conjunto Sideral, em Belém. No mesmo ataque, uma amiga de Édrica também foi baleada, mas sobreviveu. O principal suspeito do crime é um militar do Exército Brasileiro, ex-namorado de Édrica, Edisandro de Jesus da Costa, de 33 anos.
Segundo uma irmã da estudante, Édrica foi atingida por quatro tiros, sendo dois abdômen, um na perna e um no braço, enquanto que a amiga foi ferida na perna. Por volta das 22h30, as jovens voltavam para casa depois de lancharem juntas quando um carro parou perto delas. Um homem saiu do banco de trás e anunciou um assalto. Antes mesmo das jovens entregarem seus pertences, o homem atirou nas duas.
A família da jovem diz que Édrica já havia sofrido agressões e ameaças por parte do namorado. O relacionamento dos dois teria durado cerca de três meses, e há um mês, a jovem rompeu com o militar, que não aceitou. No final de outubro, a jovem procurou a polícia e pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado.
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