Casal é preso em Marabá acusado de tortura e homicídio em Castanhal
As investigações indicam que o crime tem características de um “Tribunal do Crime”, prática frequentemente associada a facções criminosas

Edimar Soares e Denise Trindade Barbosa foram presos no final da tarde da última sexta-feira (28), em Marabá, sudeste do Pará, acusados de participarem da tortura e do homicídio de Leonardo Barros Martins, ocorrido em abril de 2023, no município de Castanhal, região metropolitana de Belém. A captura ocorreu por volta das 17h30, em uma chácara localizada na rua Santos Dumont, no Núcleo São Félix. Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos por equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar.
De acordo com as investigações, Edimar e Denise estavam foragidos e são apontados como autores do crime junto de Gabriel dos Santos Martins e Patrick Pereira de Brito. Segundo a apuração, Denise teria torturado Leonardo, enquanto Edimar foi o autor do disparo que o matou. Patrick e Gabriel teriam participado da captura da vítima.
Testemunhas relataram que, no dia 13 de abril de 2023, os quatro acusados procuravam por Leonardo, sob a suspeita de que ele teria roubado R$ 10 de uma amiga de Denise, companheira de Gabriel. Eles encontraram a vítima no Ramal do Brilhante, com sua esposa, e a levaram para o local onde foi agredido, no cruzamento entre a rua Projetada "X" e a rua Pedro Ulisses, no bairro Propira, em Castanhal.
VEJA MAIS
Mesmo sem reconhecimento da amiga de Denise como autor do roubo, Leonardo foi brutalmente agredido. Segundo a investigação, Denise o acusava do crime, enquanto a vítima negava. Ela teria desferido várias agressões e atirado uma lata de cerveja contra o rosto de Leonardo. Posteriormente, Edimar sacou uma arma e disparou contra ele.
Leonardo foi socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castanhal, sendo depois transferido para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
As investigações indicam que o crime tem características de um “Tribunal do Crime”, prática frequentemente associada a facções criminosas. O homicídio ocorreu em uma área considerada “zona vermelha”, sob influência do tráfico de drogas.
Patrick e Gabriel foram presos um mês após o crime e negaram envolvimento no homicídio. No entanto, ambos já foram julgados e condenados a penas superiores a 21 anos de prisão. Agora, Denise e Edimar também deverão enfrentar julgamento em Castanhal.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA