Cabo da PM e mais seis homens são presos por furto de cabos de fibra óptica em Bragança
Segundo a polícia, o militar era responsável por observar o furto dos cabos, enquanto os demais suspeitos cometeram o crime
Willen Torres Marinho, cabo da Polícia Militar do Pará (PMPA), e outros seis homens foram presos em flagrante, na madrugada desta quarta-feira (3), pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa, em Bragança, no nordeste do Estado. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos teriam furtado cabos de fibra óptica de uma empresa de telecomunicações.
O militar detido, antes de ser capturado, procurou uma guarnição da PM. Conforme consta no registro policial, ele teria dito aos outros militares que estava junto de uma equipe da empresa de telecomunicação para fazer a troca dos cabos de cobres pelos de fibra óptica, em um local onde temiam serem vítimas da facção criminosa Comando Vermelho. Os agentes, após ouvirem o que o cabo Torres tinha para falar, ficaram desconfiados. Isso porque Willen não apresentou nenhum veículo caracterizado da empresa ou documento que comprovasse o que ele havia dito.
Depois da conversa com o policial, uma denúncia chegou ao quartel do 33º Batalhão de Polícia Militar (33º BPM), responsável pelo policiamento ostensivo no município. A queixa repassada à PM dava conta de que teria ocorrido um possível furto dos cabos da empresa de telecomunicação, a mesma que Willen relatou aos militares que estava para realizar a substituição dos cabos.
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O 33º BPM, depois de constatar o crime, deteve o Willen e outros envolvidos. Os demais presos foram identificados como: Rafael Augusto Novais de Sousa Barros, Flavio Franco Garcia, Ildemar Rodrigues de Araujo, Marcelo Silva da Silva, Joel Damasceno de Castro e Devid Ferreira da Silva.
Ainda de acordo com as autoridades, o militar era responsável por observar a ação cometida na frente de um banco pelos outros envolvidos. A polícia, com base no depoimento de vigilantes noturnos, constatou que os suspeitos cortaram os cabos de cobre de um bueiro próximo de uma igreja.
Todos os suspeitos foram apresentados na delegacia de Bragança, onde o caso foi registrado. O cabo Torres ficou sob custódia no 33º BPM. A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da PMPA. A corporação, por sua vez, informou em nota que a "Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso e que um inquérito policial vai apurar a conduta do militar". A PM acrescentou que “não compactua com desvio de conduta de qualquer agente”.
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