Belém: advogado de ciclista que teve bike quebrada por taxista explica como começou briga
Além do crime de ameaça, o advogado Augusto Rodrigues alega que os delitos de dano e uso arbitrário das próprias razões, que consiste em fazer justiça com as próprias mãos, foram cometidos pelo motorista do táxi

A defesa de Bruno de Castro, de 26 anos, jovem que teve a bicicleta destruída no último final de semana por um taxista, explicou como a confusão aconteceu. O caso, registrado junto à Polícia Civil na Seccional de São Brás, ocorreu no último domingo (16/3), no bairro de Nazaré, em Belém. Além do crime de ameaça, o advogado Augusto Rodrigues alega que os delitos de dano e uso arbitrário das próprias razões, que consiste em fazer justiça com as próprias mãos, foram cometidos pelo motorista do táxi. A Redação Integrada de O Liberal tenta contato com a defesa do taxista.
Segundo Augusto, Bruno trabalha com a venda de tacacá e, naquela manhã, tinha ido ao Complexo do Ver-o-Peso para comprar produtos para a confecção e comercialização do prato paraense. Até que houve o desentendimento entre o ciclista e o taxista na avenida Nazaré, perto da Generalíssimo Deodoro.
“No caminho até a casa dele, enquanto retornava para casa, um carro estava buzinando, mas ele não percebeu. Como a avenida Nazaré não tem ciclovia, o Augusto vinha normalmente pela via, até que o táxi bateu na lateral da bicicleta e entortou o guidão, fazendo com que o Bruno se desequilibrasse. Por pouco ele não caiu na via. Se caísse, poderia ter sido atropelado por algum automóvel que vinha atrás dele na avenida”, disse.
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Rodrigues reiterou que o taxista não respeitou a distância mínima de segurança aos ciclistas estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que é de 1,5 metros. Após a batida, o advogado fala que o Bruno foi tirar satisfação com o taxista, momento em que o condutor teria saído do carro, segurado a bicicleta do rapaz e a jogado no chão.
Ainda de acordo com Augusto, logo depois que Bruno foi conversar com o motorista, o taxista saiu do carro e segurou a bicicleta e a jogou no meio da via, derrubando parte das mercadorias que o ciclista levava.
“O Bruno então pegou a bicicleta e colocou na calçada. Foi quando o motorista abriu o porta malas e pegou um objeto, que ainda não conseguimos identificar, e foi até o Bruno. Em seguida, ele pega a bicicleta e a joga contra o poste. O taxista alega que o Bruno desferiu um soco contra o carro dele, mas isso não aconteceu. Salvo engano, há informações de que o taxista já se envolveu em outras situações de agressividade em via pública”, afirmou. Apesar do susto, o jovem não se feriu.
Após a viralização do caso, o vereador Bieco (MDB) entrou em contato com Bruno e deu a ele uma bicicleta nova. O advogado do rapaz reforça que, apesar de ter ganhado um veículo novo, isso “não retira a culpa do taxista”. “Acredito que a bicicleta (que havia sido quebrada) pode ser recuperada. Só precisamos ver o custo dessa recuperação”, comenta.
O caso
Nas redes sociais, um vídeo foi compartilhado sobre a briga de trânsito e mostra o taxista bastante exaltado, gesticulando e falando de maneira enérgica.
Em determinado momento, o homem abre o porta-malas do carro e pega um objeto, caminhando em direção ao ciclista, que estava na calçada. Temendo uma agressão, o ciclista foge.
O taxista, então, se dirige até a bicicleta do ciclista e, com violência, a arremessa contra um poste de energia elétrica. Em seguida, ele pisa sobre a roda da bicicleta até entortá-la. O ciclista se aproxima e fala algo enquanto aponta para a bicicleta. Logo depois, o taxista tenta correr novamente atrás do ciclista, que foge. O homem então retorna ao carro, que havia deixado no meio da rua, e aponta para uma das portas traseiras, indicando possíveis danos.
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