Aluno de escola do conjunto Júlia Seffer é detido após fazer ameaças a colegas e diretora
Ação causou pânico entre professores e alunos esta manhã e a polícia foi chamada.
Um aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Erotildes Frota Aguiar, instalada no Conjunto Julia Seffer, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, foi detido na manhã desta terça (28) por ameaças postadas nas redes supostamente feitas com uma arma de brinquedo (simulacro).
Alunos e funcionários chamaram a polícia e o adolescente foi apreendido. Esse já é o quarto caso de apurações a supostas ameaças feitas por alunos contra comunidades escolares no Pará apenas em 2019 e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) já admite que as ameaças vêm se intensificando. Veja os momentos de pânico causados na escola:
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O delegado Marcelim Soares Junior, da Delegacia da Polícia Civil do Conjunto Júlia Seffer, está apurando o caso. Uma guarnição da Polícia Militar foi a primeira a atender aos chamados do estabelecimento de ensino.
A Polícia Militar apreendeu o jovem para saber se haveria armas de verdade na casa do estudante, além do que é supostamente apontado como simulacro (arma de brinquedo) usado nas postagens de ameaças do aluno contra colegas e professores da escola. A polícia fez uma busca na casa do estudante para elucidar o caso, confirmou a Polícia Civil.
O aluno foi detido em sala de aula, ainda nos primeiros minutos da primeira aula da manhã, e foi conduzido à delegacia do conjunto Júlia Seffer. O delegado ouviu a guarnição da PM e a diretora da escola, Ivonete Cordeiro. O estudante e os seus responsáveis também foram ouvidos na delegacia.
APURAÇÃO
Por causa do ocorrido, os três turnos das aulas na escola estadual e ensino fundamental e médio Erotildes Frota Aguiar foram suspensas nessa terça-feira.
A polícia ainda confirma se o armamento que causou pânico na comunidade escolar é de brinquedo ou não, uma vez que, segundo averigou a guarnição da PM, e confirmou o tenente coronel Henrique Pereira, do 30º Batalhão da Polícia Militar, a arma que está nas imagens postadas em redes sociais ainda não foi encontrada com o aluno na escola, e nem na sua residência.
AMEAÇAS
Segundo relatos, havia postagens em redes sociais sugerindo que haveria um atentado planejado para hoje às 9h15. Nas postagens, segundo apontam esses relatos, haveria fotos e citações a características de pessoas, incluindo a diretora, que supostamente seriam vítimas das ações.
E, nota publicada neste início e tarde, a Seduc confirmou que pedirá a transferência do aluno, que passou a estudar na escola este ano e fazia parte das turmas do segundo ano do Ensino Médio.
Ainda não se tem informações sobre as motivações do estudante - ou se haveria efetivamente vontade de cometer o crime anunciado nas redes sociais, ou se trataria apenas de uma brincadeira ou ação para chamar atenção ou responder a alguma situação de conflito na escola.
A direção da escola e a polícia diz que o aluno tem uma estrutura familiar exemplar - e teria um comportamento escolar também considerado tranquilo e sem ocorrências.
Foi lavrado termo circunstancial de ocorrência (TCO) e o estudante, que tem 19 anos e já é maior de idade, vai responder pelo crime de ameaças. O caso será levado a um tribunal de pequenas causas.
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