Agentes penitenciários reféns em presídio de Marabá são liberados e passam bem
Os presos se rebelaram e fizeram reféns três agentes penitenciários, desde as 7h
Uma tentativa de fuga ocorreu, na manhã deste sábado (4), no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, no sudeste paraense. Como a fuga não deu certo, os presos se rebelaram e fizeram reféns três agentes penitenciários, desde as 7h.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), antiga Superintendência do Sistema Penal (Susipe), divulgou nota neste início de noite de sábado comunicando a liberação dos três agentes penitenciários. Eles passam bem e recebem atendimento biopsicossocial da Secretaria, que realiza o trabalho de recontagem dos presos no Centro de Recuperação.
A SEAP confirma a tentativa de fuga no local durante a manhã e diz que a ação ''foi interceptada por meio de medidas de contenção aplicadas pelos agentes penitenciários e Polícia Militar. A negociação foi mediada pela Diretoria da SEAP, Polícia Militar e Tribunal de Justiça de Marabá.
As informações iniciais indicavam ter havido um resgate de detentos, mas as autoridades não confirmaram a informação. Ainda de acordo com essa versão, homens, do lado de fora da cadeia, tentaram dar cobertura para os internos fugirem. No entanto, essa ação foi impedida por policiais militares.
Um agente penitenciário, que informou fazer parte de uma comissão que representa esses trabalhadores, mas que trabalha em Belém, informou que aquela casa penal abriga 700 presos, ficando apenas seis agentes por plantão.
Segundo o portal Correio de Carajás, um grupo portando armas de fogo tentou resgatar os presos. Policiais militares que trabalham na casa penal reagiram. Houve troca de tiros. E os homens fugiram pela mata.
O Correio de Carajás informou também que o tenente PM Rodrigues contou que os PMs foram acionados por volta das 7h20 e que, imediatamente, deram apoio à guarnição lotada no Crama. O tenente disse acreditar que os bandidos que dariam apoio à fuga estavam com armas longas e de grosso calibre, como fuzis.
O major PM Edson, comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar (BPM), disse ao Correio que existe um plano de contenção, que é colocado em prática quando há ocorrências dessa natureza e que tem o apoio do 4º BPM. Os PMs vasculham a área de mata em volta da cadeia. Ele também explicou que um grupo de 30 presos se refugiou dentro da marcenaria do complexo prisional, enquanto outro grupo tomou os agentes como reféns no pavilhão principal.
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