Acusados pela morte de cinegrafista em 2018 são julgados nesta sexta-feira, 15
Cinegrafista Francisco Haroldo Lameira do Carmo foi executado em novembro de 2018
Na manhã desta sexta-feira, 15, os irmãos Gabriel Freitas Ramos e Moisés Freitas Pantoja estão sendo julgados, acusados de matar Francisco Haroldo Lameira, homem que trabalhava como cinegrafista e foi assessor da Câmara Municipal de Belém, morto a tiros em novembro de 2018. O júri é presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima. Na promotoria, está atuando o promotor Jayme Bastos Filho e na defesa dos acusados está o defensor público Alex Mota Noronha.
Logo no começo da manhã, duas testemunhas depuseram, entre elas um homem que disse que os dois acusados são soldado do CV (sigla pela qual a facção criminosa Comando Vermelho é conhecida) e atuam no tráfico de drogas da área do bairro da Pratinha.
Relembre o caso
Gabriel Freitas Ramos foi preso em março de 2019, acusado de ter executado, junto com seu irmão, o cinegrafista e assessor de parlamentar Francisco Haroldo Lameira, de 57 anos, na noite de 18 novembro de 2018. O jovem foi apontado pela Polícia Civil como autor do disparo que matou o cinegrafista em frente a sua casa, na rua John Engelhard, entre Arthur Bernardes e rua Yamada, no bairro da Pratinha II, em Belém. Conhecido pelo seu trabalho jornalístico, o cinegrafista, que trabalhava também como assessor do vereador Sargento Silvano, foi morto com um tiro na cabeça.
Gabriel se entregou à polícia após, segundo ele, receber ameaças de morte. Morador do bairro da Pratinha I, ele estava no município de Igarapé-Miri, no nordeste paraense, desde o começo do mês de fevereiro, tentando se esconder após ser apontado como autor do crime, conforme relatou.
Moisés Freitas Ramos, irmão de Gabriel, já havia sido preso antes por equipes da Divisão de Homicídios, com a apoio da Delegacia de Polícia Fluvial e do Grupo de Pronto Emprego (GPE) durante a operação Rota, realizada nos rios Samaúma e Pindobal, na região de ilhas de Igarapé-Miri. Na ação, dois assaltantes de embarcações identificados como Dinho e Renan Nascimento da Silva morreram em troca de tiros com a polícia.
Conforme apuração da Divisão de Homicídios à época das prisões, os dois irmãos teriam agidos juntos. Um seria o piloto da motocicleta e o outro, o atirador. Gabriel é apontado como autor dos tiros; Moisés teria sido o piloto da motocicleta utilizada durante a fuga dos dois, após o assassinato do cinegrafista.
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