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Acusado de tentar matar policial penal em Belém é condenado a mais de 24 anos prisão

O crime ocorreu no dia 17 de julho de 2021, na passagem Bom Jesus, bairro da Sacramenta

O Liberal
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Carlos Vitor Ramos Silva, de 20 anos, foi condenado nesta quarta-feira (19) a 24 anos, 10 meses e 34 dias de reclusão em regime fechado por tentativa de homicídio contra o policial penal Sebastião de Nazaré e Júlio Nunes Gonçalves. O crime ocorreu no dia 17 de julho de 2021, na passagem Bom Jesus, bairro da Sacramenta, em Belém. O julgamento, realizado no Fórum Criminal da capital paraense, foi presidido pelo juiz Dr. Claudio Hernandes Sila Lima, titular da 4ª Vara do Júri de Belém.

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A defesa de Carlos foi constituída pelos advogados Aldemar Barbalho de Oliveira Filho, Humberto Feio Boulhosa, Américo Lins da Silva Leal, Naly Rodrigues Bacha e Carlos Eduardo Tavares Fernandes. Pela próprios defensores, foram arranjadas a mãe do réu, Maria Luzicleide Ferreira Ramos, e Raimunda Luzileide Ferreira Ramos. 

O Ministério Público do Pará (MPPA) arrolou outras três testemunhas, além das duas vítimas. Os policiais militares Rosivan Diego Carvalho dos Santos e Maurílio Furtado dos Santos foram ouvidos pelo juiz junto com o delegado da Polícia Civil (PC) José Eduardo Rollo da Silva.

Sebastião alegou que dois indivíduos armados se aproximaram dele, sendo um deles, o réu, que efetuou pelo menos seis ou sete disparos de arma de fogo. Um dos tiros chegou a acertar a vítima na altura do abdômen. O policial penal sacou a arma e atirou contra a dupla de criminosos. 

O réu relatou que tinha consumido cocaína e maconha quando cometeu o crime e estava sem dormir dois dias e duas noites. Os jurados votaram em três séries de quesito por cada vítima do atentado e votaram, conforme o art. 45, da lei 11.343, que Carlos era incapaz de entender o caráter ilícito do fato, tese sustentada pelo advogado Américo. 

Além da sentença, o juiz determinou Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realize exame pericial para constatar a dependência química do réu. Caso seja confirmada, Carlos deve fazer tratamento na penitenciária. 

 

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