Acusado de ser mandante da morte do advogado Arnaldo Lopes de Paula é sargento da PMPA
Rossicley Ribeiro da Silva, conhecido como 'Rossi', de 41 anos, foi preso preventivamente durante operação da Polícia Civil nesta segunda (3)
Um dos homens presos nesta terça-feira (3), em Belém, durante operação da Polícia Civil contra acusados de participação no assassinato do advogado Arnaldo Lopes de Paula, em 2017, é o sargento da Polícia Militar do Pará (PMPA) Rossicley Ribeiro da Silva, mais conhecido como "Rossi", de 41 anos. As investigações apontam que o policial é o mandante do crime. Ele está preso preventivamente e permanece à disposição da Justiça.
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Além de Rossicley, outros dois homens foram presos durante a operação. Um deles é o cabo da PMPA Marçal Monteiro de Azevedo, e o outro é Jonny Kleiber de Almeida Santos. Ambos estão sendo acusados de participação na execução do advogado. Eles responderão pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam os 30 anos de prisão.
A operação que prendeu Rossicley, Marçal e Jonny foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (3), em Belém. Cerca de 60 policiais civis participaram da ação. Na posse dos acusados, foram apreendidos documentos, celulares, pen-drives, uma arma de fogo e munições.
A reportagem solicitou nota à Polícia Militar do Pará (PMPA), e aguarda resposta.
Incitação
O sargento Rossiclei Ribeiro já havia sido indiciado anteriormente, desta vez pelo crime de incitação. No dia 4 de novembro de 2014, após a morte do cabo da PMPA Antônio Figueiredo, o "Pet", no bairro do Guamá, ele utilizou as redes sociais para incentivar outros militares a reagir contra os supostos assassinos do policial.
"Convocação geral: Amigos, o nosso irmãozinho Pet (Cabo Figueiredo) acabou de ser assassinado no Guamá. Estou indo, espero contar com o máximo de amigos. Vamos dar a resposta", afirmou o sargento Rossicley em seu perfil no Facebook. Veja:
Na madrugada do dia 4 para o dia 5, foi registrada a "Chacina do Guamá", ocasião em que 11 pessoas foram executadas após o assassinato do cabo Antônio Figueiredo. Em seguida, o Ministério Público denunciou 13 policiais militares por envolvimento na chacina.
O crime
Arnaldo Lopes foi baleado com cinco tiros de arma de fogo, em dezembro de 2017, quando saía da casa de parentes, no bairro do Jurunas, em Belém. Segundo as investigações, o advogado retornava para o seu automóvel, quando começou a ser perseguido por um carro descaracterizado.
Ele chegou a entrar no seu veículo, mas um dos criminosos segurou a porta e efetuou todos os disparos próximo ao ombro da vítima, que chegou a ser internado em um hospital de Belém, durante três dias, mas não resistiu aos ferimentos. Ele faleceu no dia 21 de dezembro.
À época, Arnaldo Lopes havia acabado de assumir o cargo de interventor na Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado do Pará (Aspra-PM).
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