Acusado de matar tatuadora em Marabá vai a júri popular em agosto
Flávia saiu de casa no dia 14 de abril do ano passado e foi vista pela última vez deixando um bar na companhia de Will. Seu corpo foi encontrado dez dias depois
O tatuador Willian Araújo Sousa, conhecido como "Will", será submetido ao Tribunal do Júri no dia 7 de agosto, em Marabá, no sudeste do Pará. Ele é acusado de assassinar a também tatuadora Flávia Alves Bezerra em 15 de abril de 2024. O caso, que causou grande repercussão no estado, foi esclarecido dez dias após o crime, quando o corpo da vítima foi encontrado em uma região de mata. Willian responderá por feminicídio e ocultação de cadáver.
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Flávia saiu de casa no dia 14 de abril e foi vista pela última vez por volta das 6 horas do dia 15, deixando um bar na Folha 32, núcleo Nova Marabá, na companhia de Will. A motivação para o feminicídio ainda é um mistério para a Justiça. Apesar das evidências concretas do assassinato, desde o início da investigação Will permaneceu em silêncio e não se manifestou sobre as acusações e tampouco sobre os motivos que o levaram a cometer o crime.
A assistência de acusação será conduzida em conjunto com o Ministério Público. Em declaração ao jornal O Correio, de Marabá, Arnaldo Ramos, um dos advogados, afirmou que o trabalho da equipe é garantir que a justiça seja feita. Ele destacou o impacto do crime na comunidade e na família da vítima, ressaltando que, mesmo em caso de condenação, o acusado poderá cumprir pena e eventualmente ser libertado, enquanto a vítima não terá essa possibilidade.
O caso também envolve outras duas pessoas. Deidyelle de Oliveira Alves, companheira de Willian, e seu irmão Dayvid Oliveira. Ambos respondem judicialmente, mas não serão julgados nesta sessão. Deidyelle aguarda a análise de um recurso no Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), enquanto o processo de Dayvid segue em tramitação. Ambos são acusados de participarem do assassinato e da ocultação do corpo de Flávia.
De acordo com as investigações, Flávia Alves Bezerra foi estrangulada dentro do veículo de Willian enquanto pegava uma carona. Posteriormente, o corpo foi enterrado em uma cova rasa em uma estrada vicinal na divisa entre os municípios de Nova Ipixuna e Jacundá, com a participação de Deidyelle e Dayvid.