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Verão 2024: saiba como evitar acidentes em balneários com dicas do Corpo de Bombeiros

Afogamentos, acidentes com animais marinhos e equipamentos náuticos estão entre as principais ocorrências

Camila Guimarães

No Pará, até abril deste ano, 40 pessoas morreram por afogamento, conforme registros do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). Inclusive, um homem morreu afogado na Praia Grande, situada na ilha de Outeiro, no último domingo (30/06). Esse tipo de ocorrência, somada a ferimentos por contato com animais marinhos e acidentes com equipamentos náuticos, estão entre os principais riscos de quem decide frequentar os balneários, sobretudo durante o mês de julho, que é quando o fluxo de pessoas aumenta. O primeiro tenente, Oziel Melo, que atua no Primeiro Grupamento Marítimo (PGM) do CBMPA, dá orientações para que veranistas desfrutem dos balneários com segurança.

image Primeiro tenente Oziel Melo (Foto: Igor Mota | O Liberal)

O militar esclarece que o Pará tem características naturais peculiares, proporcionando ao público tanto opções de balneários com água doce, quanto com água salgada e que cada realidade oferece riscos e demanda cuidados específicos.

"Nas praias de água salgada, como em Salinas, por exemplo, temos o risco das fortes correntezas e dos canais paralelos que se formam ao longo da praia. Nas de água doce, além das correntezas fortes, têm o fenômeno de valas e valões paralelos e perpendiculares à praia. Por isso, orientamos que, ao chegar à praia, a pessoa busque o guarda-vidas para se informar e se orientar e que elas se divirtam apenas nas áreas que são supervisionadas por guarda-vidas", adverte.

As praias também têm o fenômeno de enchente e vazante, que podem provocar acidentes: "No ápice da enchente ou no ápice da vazante são os momentos mais críticos, porque a maré ganha uma correnteza muito forte", diz Oziel. O militar também garante que o guarda-vidas do local pode orientar a respeito dos horários mais perigosos em cada praia.

Caso uma pessoa comece a se afogar, o tenente orienta que ela tente sinalizar o máximo possível. Ele também admite que pessoas preparadas possam tentar um salvamento, mas pessoas sem essa habilidade não devem tentar: "Se ela não tiver habilidade, se ela tiver dificuldade de natação ou não tiver condicionamento físico, é melhor ela não fazer, porque ela acaba sendo uma vítima em potencial".

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Cuidado com crianças é redobrado

Grupamento Marítimo do CBMPA

'Água no umbigo, sinal de perigo' não é apenas uma frase de efeito, mas um alerta do Corpo de Bombeiros tanto para adultos, como para crianças, avaliarem a segurança com relação à profundidade da água no balneário. No caso dos pequenos, além disso, existe a recomendação de que eles sejam mantidos sempre a um braço de distância do adulto responsável. Quanto ao uso de equipamentos de flutuação, a escolha requer atenção:

"Às vezes os pais colocam aquelas boias circulares nas crianças que dá uma falsa sensação de segurança, mas, na verdade, acabam sendo uma armadilha, porque, se a criança virar de ponta-cabeça, ela não vai conseguir se desvirar. Então, a nossa orientação é que não usem esse tipo de boia, mas que use um colete, tipo jaqueta, que você consegue prender", orienta.

Crianças se perderem nas praias também é um problema comum. Nesses casos, o militar orienta que os responsáveis busquem o posto do Corpo de Bombeiros mais próximo, informem as características da criança e deixem um telefone de contato que todos os guarda-vidas a postos iniciarão as buscas imediatamente.

Equipamentos aquáticos e animais marinhos

image Grupamento Marítimo do CBMPA (Foto: Igor Mota | O Liberal)

O tenente Oziel Melo lembra que a legislação brasileira já determina a distância mínima que equipamentos náuticos devem manter com relação aos banhistas, que é de 200 metros. Ele também especifica que não se pratique jet ski, canoagem, surf ou qualquer outro esporte náutico dentro da área delimitada para os banhistas.

Já quanto aos acidentes com animais marinhos, o contato com peixes, como os bagres, águas-vivas e caravelas são os mais comuns. "A orientação é que, se for vítima de um desses acidentes, procure um posto do Corpo de Bombeiros que será atendido. Para prevenir, é importante evitar estar nas áreas de praia próximo a restos de comida, que é onde os peixes se juntam. E é importante usar camisa com manga comprida que evita o contato direto da caravela ou água viva com a pele", diz o tenente.

Outras dicas

  • Evitar ingerir bebida alcoólica
  • Evitar se lançar de trapiche, pontes ou de embarcações
  • Evite nadar longas distâncias
  • Evitar ingerir comidas pesadas antes de entrar na água
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Pará
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