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Confira o resultado do processo seletivo de indígenas e quilombolas da UFPA

Ao todo, foram aprovados 68 indígenas e 471 quilombolas

Victor Furtado, com informações da UFPA
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A Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgou, na tarde desta quinta-feira (06), às 17h20, o resultado do Processo Seletivo Especial 2020 - 1, destinado a preencher vagas extras para indígenas e quilombolas. Ao todo, foram aprovados 68 indígenas e 471 quilombolas. Confira:

Resultado final quilombolas
Resultado final indígenas
Resultado final - quilombolas (sobra de vagas de indígenas)

A previsão era de que o listão dos calouros fosse divulgado às 10h desta quinta-feira. No entanto, segundo o Centro de Processos Seletivos (Ceps), o resultado atrasou devido a problemas técnicos (que não foram especificados pelo setor). 

A seleção especial disponibilizou 278 vagas para cada grupo em todos os cursos de graduação oferecidos pela Instituição, mas aquelas vagas que não fossem preenchidas por um grupo, poderiam ser ocupadas pelo outro.

Das 210 vagas que eram destinadas aos indígenas e sobraram, 196 foram preenchidas por candidatos quilombolas. Cada curso de graduação teve até duas vagas extras para cada povo tradicional brasileiro. Cada candidato podia escolher até dois cursos. As provas foram compostas por redação e entrevista. 

De acordo com a coordenadora da Assessoria da Diversidade e Inclusão Social da UFPA (ADIS), a professora Zélia Amador de Deus, esse processo seletivo é uma forma da Universidade trazer para dentro dela os grupos que historicamente não entrariam.

"Esses grupos estão longe, estão no interior do Estado, estão nas aldeias, estão nas comunidades quilombolas e costumam ser distantes. E, na maioria das vezes, a política pública não chega com eficiência. Então esses grupos têm a oportunidade de entrar aqui e contribuírem conosco, com os seus conhecimentos, com os seus saberes. Para nós é de uma importância vital. É a Universidade que se alimenta desses novos saberes, desse vigor trazido por esses grupos”, ressaltou.

O PSE

Para participar do PSE, os candidatos tiveram de comprovar, no processo de inscrição, o pertencimento étnico à condição de indígena ou quilombola. As declarações de pertencimento precisavam ser emitidas e assinadas por três lideranças de cada representação.

Esse processo seletivo especial contou com a participação de movimentos de estudantes indígenas e quilombolas da própria Instituição. E também lideranças sociais. Mais recentemente, essa interação com os interessados tem estado a cargo da ADIS.   

“Trata-se da continuidade, por parte da atual gestão da UFPA, de importante política de ação afirmativa, que proporciona a inclusão desses cidadãos, minorias historicamente discriminadas, como estudantes de Instituição Pública de Ensino Superior”, destacou o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor Edmar Costa.

Todas as vagas do PSE-1 são extras e exclusivas para candidatos quilombolas e indígenas. Principalmente para os que se encontram em condição de vulnerabilidade econômica. Era pré-requisito não ter sido aprovado em nenhum outro curso superior. O vestibular normal não "perdeu vagas". Essas vagas são extras. As vagas não preenchidas de um povo podem ser destinadas a outro, numa segunda chamada.

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