Sespa orienta sobre sintomas e prevenção da meningite no estado

Segundo o órgão, os riscos de contágio aumentam neste período de chuvas intensas

Agência Pará

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), orienta a população paraense sobre os cuidado e a prevenção da meningite. Segundo o órgão, é importante ficar atento aos possíveis sintomas como dor de cabeça, febre, vômitos associados a quadros de cansaço intenso, irritação, rigidez de nuca ou convulsão. 

“É bom conhecer os sintomas da doença e adotar medidas preventivas, como recorrer logo à vacina. Orientamos que todos fiquem atentos às recomendações para proteger a saúde da comunidade”, recomenda a secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz.

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O que é meningite?

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser de causas infecciosas, como bactérias, vírus, fungos, protozoários e helmintos, e de causas não infecciosas. 

Os principais sinais e sintomas da doença são: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, dor e enrijecimento da nuca, e manchas pelo corpo. Em crianças menores de um ano pode haver choro intenso, irritabilidade e inchaço das fontanelas (moleiras).

O sinal mais característico da meningite é a rigidez da nuca, que ocorre por causa do inchaço e da inflamação das membranas que recobrem o cérebro. Assim, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde e relatar seu estado de saúde. 

Transmissão

A doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa, por meio das vias aéreas (fala, tosse e espirro) e os riscos de contágio aumentam neste período de chuvas intensas, pois as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados.

Prevenção

Conforme orienta a Sespa, a vacinação é a principal medida de prevenção contra a doença bacteriana, com as vacinas meningocócicas conjugadas C e ACWY, além dos demais imunobiológicos a serem administrados no primeiro ano de vida, tais quais: vacina BCG, Pneumocócica 10 e pentavalente. 

Embora a vacina contra o sorogrupo B não seja disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental que os cidadãos mantenham o calendário vacinal atualizado com as vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). 

Outras formas de proteção são: lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel para evitar disseminação de vírus e bactérias; evitar locais com aglomeração de pessoas; deixar os ambientes ventilados, se possível, ensolarados, principalmente salas de aula, locais de trabalho e transporte coletivo; não compartilhar objetos de uso pessoal, alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres.

A doença é de notificação obrigatória e imediata, que deve ser feita em até 24 horas para as vigilâncias municipais e estaduais, sendo responsabilidade dos serviços de saúde, públicos ou privados, e profissionais de saúde, notificarem todo caso suspeito. É fundamental o acompanhamento semanal dos casos suspeitos de meningite, a fim de se realizar a detecção precoce de possíveis casos e/ou surtos, assim como alterações do padrão epidemiológico dos casos. 

A Sespa orienta ainda que, os serviços de saúde encaminhem, precocemente, o paciente de caso suspeito para avaliação médica e posterior exame para confirmação de diagnóstico.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para as meningites virais. Os medicamentos para combater febre e dor são úteis para aliviar os sintomas.

Já as meningites bacterianas, são tratadas com antibióticos aplicados diretamente na veia do paciente e sua administração deve começar o mais rápido possível para evitar complicações e sequelas. Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado à base de antibióticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa.

Cenário

As meningites têm um alto potencial de transmissão, patogenicidade e relevância social, estando presente em várias regiões do mundo, com um registro anual de mais de um milhão de casos só de meningite bacteriana, cuja letalidade pode chegar a 70% se o indivíduo não receber o tratamento adequado.

No Brasil, a meningite é uma doença endêmica, ou seja, casos podem ser registrados o ano inteiro, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais, no verão.

No Pará, entre 10 de janeiro e 2 de fevereiro deste ano, 12 casos de meningite meningocócica foram confirmados. Desse total, 10 pertencem ao sorogrupo B e 2 aguardam resultados.

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