SEDUC pretende avaliar uso de celular para fins pedagógicos
Projeto de lei que proíbe utilização de aparelhos celular na sala de aula foi aprovado no Senado
Após aprovação de Projeto de Lei 104/2015 no Senado Federal, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio do País, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) informou que apesar da proibição que existe desde 2009, com lei que impede o uso de telefone celular, MP3, MP4, PALM e aparelhos eletrônicos na sala de aula, na “contemporaneidade, pretende avaliar o uso para fins pedagógicos”.
O órgão não divulgou como seria esse uso para fins pedagógicos do celular e nem quando essa avaliação estará completa. O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite da última quarta-feira (18/12), o texto que já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer para o ano letivo de 2025.
Já a Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou que o regimento interno das escolas municipais de Belém já restringe o uso de celular em sala de aula, em acordo com a Lei Estadual N° 7.269, de 6 de maio de 2009. “A rede municipal de ensino ressalta que faz uso do aparelho de forma pedagógica e com orientações de técnicos do Centro Educacional de Inovação tecnológica e computacional (Cetec)”, diz a nota do município.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará (Sinepe) apoia o projeto. A entidade esclareceu que as leis federais têm efeito vinculante sobre as unidades de ensino estaduais e municipais. “Caso uma lei federal proíba o uso de celulares nas escolas, a proibição se aplicaria automaticamente, também, aos estabelecimentos da rede particular, que não têm nenhuma objeção ao Projeto de Lei aprovado no Senado, que vai colaborar com as escolas em relação à limitação do uso nocivo do celular em sala de aula, ao mesmo tempo que não trará nenhum prejuízo ao uso do celular como ferramenta pedagógica”, diz a nota.
“O Sinepe acredita que ao permitir o uso pedagógico dos celulares, o projeto de lei se alinha com as demandas de uma educação mais tecnológica e inovadora, valorizando o protagonismo estudantil e metodologias ativas, contribuindo para a inclusão digital”, complementou. A entidade acredita que projeto de lei reflete uma tendência de regulamentar o uso de tecnologias em sala de aula, não para proibir seu uso completamente, mas para disciplinar e potencializar o seu papel educativo.
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