Rondon do Pará: ensaio fotográfico promove a inclusão de pessoas com síndrome de Down
A ação foi alusiva ao Dia Internacional da síndrome de Down conscientizar a população sobre a inclusão e promover debates sobre os direitos e a visibilidade social de pessoas com essa condição
Em Rondon do Pará, os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) juntamente com a Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE), promoveram na segunda-feira (13), um ensaio fotográfico com crianças entre 2 a 16 anos com síndrome de Down. A ação foi alusiva ao Dia Internacional da síndrome de Down conscientizar a população sobre a inclusão e promover debates sobre os direitos e a visibilidade social de pessoas com essa condição.
A data é reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas desde 2012, e representa a trissomia do cromossomo 21, por isso é celebrado no dia 21/03. O ensaio foi pensado e realizado pelos alunos da disciplina de Laboratório de Comunicação Organizacional e Assessoria de Imprensa, a fim de dar visibilidade às pessoas com Down.
Além de promover um momento algo descontraído, marcado por declarações de carinho, o material fotográfico será disponibilizado para a APAE, possibilitando a realização de uma exposição e elaboração de um calendário representativo. O material será comercializado para arrecadar fundos para a entidade.
AC Condeixa, docente responsável pela disciplina e coordenador da ação, evidencia a importância da inclusão. “As pessoas com Sindrome de Down têm o direito as mesmas liberdades que todas as outras pessoas possuem, e a inclusão é um tema que vem sendo cada vez mais debatido em todos os espaços sociais. É papel da universidade pública formar os alunos no tema e promover ações inclusivas”.
Para a presidente da APAE de Rondon do Pará, Allen Exler, “essa parceria é de grande relevância para que as pessoas possam conhecer o trabalho realizado. A universidade tem caminhos para estimular parcerias com a APAE, trazer mais voluntários e doadores”.
Acolhimento
Além de atuar na associação, Exler é mãe de Maria, uma menina com síndrome de Down. Ela nos contou um pouco de sua experiência: "sobre ter uma criança com Down... eu fiz todo o pré-natal. Existe um período que se faz um exame chamado translucência nucal que dá o diagnóstico na barriga mesmo, se a criança vai ter ou não síndrome de Down. Não sei se passou alguma coisa despercebido, mas quando ela veio pro quarto eu já vi que ela era uma criança com Down, pelo conhecimento que eu tenho. E aí tem aquele luto, de quando a mãe tem quando recebe a notícia, mas meu luto passou muito rápido, porque eu fui acolhida pela APAE”, relata.
O acolhimento na associação foi fundamental para que ela pudesse se aprofundar no assunto, ser acolhida e construir uma rede de apoio. “A Marina já faz tratamento na APAE desde os dois meses de vida, ela faz fisioterapia para estimulação e outras atividades. A APAE me deu todas as informações, eu também pesquisei, fui sempre assistindo relatos de vitórias, porque se for escutar o que as pessoas falam sem saber, sem ter, você vai cair numa depressão profunda, você acha que sua filha não vai ser capaz, e não é assim. Todos os relatos são de crianças e adultos vencedores”.
A APAE de Rondon do Pará tem 21 anos de existência e, aos poucos, os trabalhos realizados por eles vêm sendo reconhecidos. A Associação atende pessoas com deficiência e oferece apoio pedagógico, estimulação, terapia ocupacional e fisioterapia visando o desenvolvimento do indivíduo, para que ele tenha sua autonomia e qualidade de vida.
(Bárbara Ferreira, Fernanda Soares e Ingrid Carolinne, alunas do curso de jornalismo da Unifesspa sob orientação de AC Condeixa e edição de Janine Bargas)
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