Retrospectiva: relembre 5 tragédias que marcaram o Pará em 2024
O ano de 2024 chega ao fim com tragédias que chocaram os paraenses e ganharam repercussão nacional e internacional
O ano de 2024 trouxe muitos momentos marcantes para o Pará, mas também ficou registrado por tragédias que abalaram a população. Entre os episódios mais tristes, destacam-se o acidente envolvendo um ônibus do Instituto Federal do Pará (IFPA), que vitimou cinco pessoas em maio, e a morte da jovem Kellen Thaynara, após um passeio de lancha na Ilha do Combu, em dezembro. Relembre os detalhes desses e outros casos que marcaram o Estado.
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Acidente com ônibus do IFPA
Em 26 de maio, a região sudeste do estado, em Tucuruí, foi palco de um dos acidentes mais trágicos do ano. Um ônibus do Instituto Federal do Pará (IFPA), que transportava alunos e servidores dos campi de Castanhal e Vigia, colidiu contra o muro do túnel das eclusas da hidrelétrica de Tucuruí. O veículo descia uma ribanceira quando perdeu o controle, resultando na morte de cinco pessoas.
As vítimas foram identificadas como:
- Amanda Cristiane da Silva Rocha, professora de Informática do campus Vigia;
- Edinaldo Meireles, motorista do campus Castanhal;
- Suany Couto Teixeira Nunes, professora do Curso de Agropecuária, Floresta e Meio Ambiente;
- Walkelly Oliveira, servidora do IFPA;
- Um estudante de 16 anos, cujo nome foi preservado.
O ônibus transportava cerca de 40 pessoas para participar dos Jogos dos Institutos Federais (JIF 2024). O caso causou grande comoção no Estado, com homenagens às vítimas e cobranças por mais segurança no transporte coletivo de instituições educacionais.
Corpos encontrados em barco
No dia 14 de abril, pescadores da localidade de Quatipuru, entre Tracuateua e Bragança, encontraram um barco à deriva com nove corpos em avançado estado de decomposição. A descoberta mobilizou autoridades estaduais e federais, que investigaram o caso e revelaram que a embarcação havia partido da Mauritânia, na África, em janeiro, com destino às Ilhas Canárias, na Espanha.
O barco, sem motor e sistema de direção, perdeu a rota original e atravessou o Oceano Atlântico, chegando à costa paraense. Perícias indicaram que ao menos 25 pessoas estavam a bordo, com base na quantidade de capas de chuva encontradas. Acredita-se que as vítimas eram migrantes da Mauritânia e de Mali, que buscavam melhores condições de vida na Europa.
Apesar da descoberta de documentos junto aos corpos, nenhum deles foi identificado devido ao estado avançado de decomposição. Os corpos foram sepultados em Belém, em uma cerimônia de inumação, permitindo uma futura exumação para identificação e traslado ao país de origem. O caso evidenciou a dura realidade enfrentada por refugiados africanos e gerou repercussão mundial.
Incêndio no Hotel Sagres e morte de hóspede
Outra tragédia que abalou os paraenses ocorreu no dia 25 de janeiro, em Belém. Um incêndio foi registrado no oitavo andar do Hotel Sagres, localizado na avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás. Apesar de o fogo ter sido controlado pela brigada do hotel, a tragédia foi marcada pela morte de Kedmo Edson Ximenes, de 36 anos, natural de São Paulo.
Em vídeos que repercutiram nacionalmente, é possível ver a fumaça densa saindo de uma das janelas do oitavo andar e Kedmo pendurado, tentando escapar. Infelizmente, ele caiu e teve a morte confirmada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Incêndio no Condomínio Parc Paradiso
No dia 1º de fevereiro, outro incêndio de grandes proporções abalou Belém. As chamas começaram em um apartamento do 24º andar da Torre Gênesis, uma das quatro torres do Condomínio Resort Parc Paradiso, localizado na avenida Conselheiro Furtado, no bairro da Cremação.
O incidente mobilizou o Corpo de Bombeiros, que levou cerca de uma hora e meia para vistoriar o local. Moradores sofreram com inalação de fumaça, enquanto idosos foram atendidos por pressão alta. Uma jovem, cuja identidade não foi revelada, foi socorrida após passar mal entre os andares 15 e 14 ao tentar descer as escadas. Ela foi encaminhada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, mas seu estado de saúde não foi divulgado.
Além desse episódio, dados do CBMPA apontam que 411 ocorrências de incêndio foram registradas em Belém de janeiro a 10 de dezembro de 2024.
Morte de Kellen Thaynara na Ilha do Combu
Outro caso que chocou os paraenses foi o da jovem Kellen Thaynara Nascimento de Abreu, de 26 anos, encontrada morta na baía do Guajará no dia 17 de dezembro. Ela havia desaparecido durante um passeio de lancha na Ilha do Combu. A vítima era mãe de um menino de dois anos e trabalhava como consultora de veículos automotivos. Seu corpo foi encontrado por pescadores e removido pelo Grupamento Marítimo Fluvial do Corpo de Bombeiros (GMAF).
Entre as pessoas presentes na lancha estavam o dono da embarcação, Paulo Sérgio Bento Cardoso, que desativou suas redes sociais após o ocorrido; Brena Roberta Oliveira Silva, Stefanie Jardim Castro, Bruno Henrique (conhecido da vítima) e Herison Quaresma Passos, responsável por pilotar a lancha.
O celular da jovem foi apreendido para perícia e a embarcação passou por exames técnicos para ajudar nas investigações. O caso também gerou grande repercussão nas redes sociais. As investigações ainda estão em curso pela Polícia Civil, que apura as circunstâncias da morte.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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