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Quarta dose para a população em geral ainda é avaliada por especialistas

De acordo com o infectologista Lourival Marsola, tudo indica que essa dose extra deve ser ampliada para novos públicos

João Thiago Dias
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Na última segunda-feira (07), durante entrevista para jornalistas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a 4ª dose está em discussão pela área técnica e que a decisão é de ainda não liberar para a população em geral. Desde dezembro, o Ministério da Saúde recomenda essa dose apenas para imunossuprimidos com 18 anos ou mais que receberam três doses no esquema primário (duas doses e uma dose adicional), que deverá ser administrada a partir de 4 meses. 

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"A área técnica tem discutido isso. A secretária Rosana [Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde] conversou comigo na sexta-feira passada e disse que o grupo técnico ainda não avalia aplicar essa quarta dose neste momento, mas, na prática, seria a dose de 2022. O que nós temos são doses para garantir que as necessárias, recomendadas pelos técnicos, sejam disponibilizadas para a população brasileira", afirmou o ministro.

"Estamos com dificuldade de atingir essas metas. A cobertura vacinal deu uma estabilizada. A gente precisa avançar. O Brasil, como uma nação, precisa discutir estratégias para aumentar a adesão dos indivíduos que ainda não se vacinaram. Tentar estudar e avaliar o porquê deles ainda não terem sido vacinados e tentar driblar essas barreiras. Lembrar que temos desserviço, que é a desinformação e as fake news, que criam dificuldade em relação a adesão à vacina, principalmente das crianças e adolescentes", alertou o infectologista Lourival Marsola.

Uma nota técnica da pasta sobre o tema foi divulgada na sexta-feira (04). O documento afirma que o plano de vacinação contra a covid-19 é dinâmico e pode ser alterado de acordo com conclusões científicas, mas que antes de considerar a inclusão da quarta dose "se faz necessário compreender o cenário epidemiológico com maior detalhamento quanto às hospitalizações, óbitos e infecções pela covid-19 entre determinados grupos etários e sua relação com o status de vacinação (vacinados x não vacinados)".

Apesar disso, algumas cidades brasileiras já ampliaram o público que pode tomar a 4ª dose. No dia 4 de fevereiro, o município de Volta Redonda (RJ) começou a aplicação dessa dose extra em idosos de 70 anos ou mais que tomaram a 3ª dose há pelo menos 4 meses. No último domingo (06), Botucatu (SP) também decidiu aplicar 4ª dose em idosos dessa faixa etária. Na segunda (08), a cidade paulista avançou mais ainda, liberando a aplicação para idosos com 60 anos ou mais.

Fisioterapeuta é defensora da vacinação

Em Belém, a fisioterapeuta Tatiane Oliveira Nascimento, de 44 anos, é bastante defensora da vacinação contra a covid-19. Ela já tomou a dose de reforço e torce para que a 4ª dose seja logo recomendada pelo Ministério da Saúde para toda a população. Também acredita fielmente que foi por conta da vacina que a família escapou de um quadro grave da doença causada pelo novo coronavíus.

"Meu marido, um filho, eu. Até meu pai, de 93 anos, que tem comorbidades. Todos adoecemos no último mês de janeiro, mas com quadro leve, graças à vacina. Sou a favor de uma quarta dose, enquanto houver prescrição. E sou super a favor da vacina para minimizar os riscos do quadro grave da doença. Até ajudo a incentivar por meio das minhas redes sociais. Especialmente algumas mães que ficaram com receio de vacinar os filhos com deficiência", comentou Tatiane.

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