MENU

BUSCA

Professora paraense dança em festa junina com aluna com deficiência e viraliza

Para conduzir a estudante, identificada como Maria Vitória, a professora Nila Arnoud a envolveu em sua vestimenta, fazendo com que ela ficasse presa junto ao seu corpo

Gabriel Pires

Uma professora identificada como Nila Arnaud da educação infantil na Escola Municipal Elza Borges, em Tucuruí, no sudeste paraense, viralizou ao realizar um gesto de inclusão e solidariedade: ela adaptou a própria roupa para incluir uma aluna com deficiência física, durante uma apresentação junina do colégio no último sábado (17). Para conduzir a estudante, identificada como Maria Vitória, a professora a envolveu em sua vestimenta, fazendo com que ela ficasse presa junto ao seu corpo.


VEJA MAIS

Arraial do Pavulagem: autistas e pessoas com deficiência ganham espaço de inclusão nos cortejos
O espaço "+ Inclusão" estará disponível nos quatro domingos da festividade, até o dia 2 de julho, e contará com atendimento e auxílio exclusivos oferecidos pelos brigadistas e agentes de saúde presentes

Programação na Alepa marca Dia Mundial da Acessibilidade
O objetivo é ampliar a visibilidade e o entendimento sobre as questões relacionadas à acessibilidade, inclusão e direitos das pessoas com deficiência

​​Estudantes com deficiência visual celebram conquistas com alfabetização em braille
Escola estadual especializada promove debate sobre desafios, oportunidades e a importância da inclusão

No vídeo, a alegria da pedagoga e da criança tomam conta enquanto dançam ao som regional do carimbó. Entre sorrisos e aplausos contagiantes, a apresentação foi bem recebida pelo público que assistia e registrava cada momento da apresentação. "Os colegas ficaram surpresos e gostaram muito de ver a Maria Vitória feliz e se divertindo. No dia a dia, todos brincam com a Maria normalmente", contou a professora.

Nila conta que o momento foi muito gratificante e lembra que Maria Vitória sempre gostou muito de dançar. A partir disso, veio a iniciativa de adaptar a roupa para incluir a garota na dança. Tudo isso "para que ela sentisse o prazer de estar junto com as outras crianças sem usar a sua cadeira de rodas".

"Nossa escola promove esse evento da festa cultural todos os anos, as crianças são todas convidadas a participar desse momento com a autorização dos responsáveis, a Maria Vitória estuda no Elza Borges desde o ano passado e sempre gostou de participar e esse ano tive a ideia de promover algo diferente na participação dela", disse.

"Foi quando surgiu a ideia do sling, um tecido que as mães usam para adaptar os bebês nos seus corpos. A Maria ficou muito feliz, dançou, emocionou e tenho certeza que ela vai guardar isso para o resto da vida dela. Não há educação sem amor. Viva a inclusão. O sentimento que fica é de gratidão a Deus por ter dado tudo certo e a maior recompensa foi ver o sorriso e a felicidade da Maria Vitória", comentou a professora.

Pará